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Depois da conquista inédita para o Paulistano, Gustavinho comemora: ‘Realização’

O técnico Gustavinho afirmou que é uma “realização” ter conquistado o título inédito do Novo Basquete Brasil (NBB) para o Paulistano. Neste sábado, a equipe venceu por 82 a 76 o Mogi das Cruzes, fora de casa, fez 3 a 1 na série final melhor de cinco partidas da decisão e levantou a taça.

“É uma realização. Já estava feliz por ter dado resultado, ao chegar ao final. De ver os caras (jogadores) melhorando, se superando, pegando a bola querendo decidir, fazendo defesa importante no Shamell, o melhor do campeonato. Ganhando o título é uma coisa que marca mesmo”, afirmou.

Aliviado pela vitória e comemorando muito ao final da partida, o treinador brincou com a pressão pelo título nacional, inclusive de sua família, após dois vice-campeonatos, em 2014 e 2017. “Me sinto feliz. Ontem (sexta-feira) saí de casa e minha filha disse: ‘Pai não vai perder o jogo’. Essa pressão é difícil”, disse Gustavinho, aos risos, que ainda elogiou a escolha do pivô Guilherme Hubner como MVP (jogador mais valioso) das finais.

Cestinha da equipe no jogo do título, com 21 pontos, o armador Yago, de apenas 19 anos, foi um dos mais eufóricos na comemoração. “Sou um jogador com muita energia e vivenciar isso tão jovem é incrível. Eu só quero ganhar, eu só quero jogar o melhor possível e conquistar títulos. Eu estou aqui para ganhar, não importa a idade, irei sempre buscar isso.”

O experiente ala Jhonatan, de 31 anos, lembrou da família depois da conquista. “Minha mãe está de parabéns. Guerreira demais. Criar três filhos não é fácil e ter que me deixar sozinho desde os 10 anos, quando eu comecei a jogar e saí de casa, não é fácil. Naquela época era muito perigoso. Foi uma corrida muito forte para me tornar jogador. Eu acreditei, ela me deu força e eu só tenho a agradecer. Rose, você é minha vida.”

O jogador recordou o difícil início da carreira, quando morava em uma favela de Osasco. “Não tinha como ir para o treino, tinha vezes que eu ia andando. Uma vez eu cheguei a ir de Carapicuíba até a Armênia (bairro de São Paulo) andando para ir em um jogo, cerca de duas horas, quando eu tinha 12 anos de idade, sozinho. Minha mãe nem sabia disso. Eu fui para o jogo, cheguei lá com as pernas todas doloridas, acabei jogando, nós ganhamos o jogo e tiveram que me levar de carro para casa, porque eu não tinha condição de andar”, frisou. “Não tenho palavras para explicar a sensação que é este título”, completou.

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