Idade não ajuda mais e treinamento tem que ser mais dosado em campo. |
O Coritiba não vai poder contar com seu principal jogador por no mínimo três semanas. O atacante Aristizábal sofreu um estiramento muscular na panturrilha da perna esquerda na partida contra o São Caetano e já iniciou a recuperação. Mas a preocupação com o jogador (e a dúvida quanto ao aproveitamento dele no Campeonato Brasileiro) fez com que o departamento médico convocasse uma entrevista coletiva ontem para explicar o caso.
Isso porque Ari foi o maior investimento do Coxa em 2004. Ninguém confirma, mas a negociação (envolvendo acertos, luvas e salários) chegaria a um milhão de reais. Além disso, a expectativa era que o colombiano fosse o líder de boas campanhas, principalmente na Libertadores. O time foi eliminado na competição sul-americana, mas o atacante foi decisivo na conquista do título paranaense em cima do Atlético.
Só que, no final das contas, Aristizábal participou de pouco mais da metade dos jogos do Coritiba em 2004 – ele jogou dezesseis das 31 partidas. O atacante, que foi apresentado em 19 de janeiro, estreou apenas no final de fevereiro (dia 25, contra a Adap), porque se recuperava de uma operação no joelho. Até ali, o Coxa já disputara nove partidas.
A partir de 25/02, foram 22 partidas disputadas pelo Cori, e Ari ficou fora de seis delas. A primeira parada foi por causa da expulsão no jogo contra o Rio Branco, quando ficou apenas oito minutos em campo. Por causa disso, ele teve que cumprir dois jogos de suspensão. Já no Brasileiro, ele sofreu uma lesão na panturrilha que o tirou de quatro confrontos (contra São Paulo, Ponte Preta, Atlético-MG e Palmeiras).
E o retrospecto de Ari dentro de campo é altamente favorável. Com ele, o Coritiba conseguiu dez vitórias, cinco empates e apenas uma derrota – para o Rosario Central, na Argentina, quando o atacante entrou no segundo tempo (quando o time já perdia). Mesmo quando pouco jogou, o time venceu, caso da partida de domingo.
O local desta lesão é o mesmo da anterior. “Isso acontece. Ele poderia tanto sofrer uma contusão ali como na outra perna”, diz o chefe do departamento médico alviverde Lúcio Ernlund. Segundo os médicos, não havia problema clínico com Ari, e por isso ele foi liberado para enfrentar o São Caetano. “Ele recuperou-se, ficou treinando uma semana e depois outra com o restante do elenco”, rememora William Yousef.
Até mesmo o clima influi, e pode ter sido um fator decisivo na lesão repentina de Aristizábal. “Tivemos os dias mais frios do ano no final de semana, e é claro que isso atrapalha”, admite Lúcio Ernlund. Agora, o momento é de espera. “Não existe uma projeção matemática quando se fala em lesões”, resume o chefe do DM alviverde. A princípio, são duas semanas de tratamento, mais outra para a recuperação física.
Atacante diz que tem dívida com o clube
Aristizábal está chateado. Ficou claro que ele se frustrou com a lesão que sofreu na partida contra o São Caetano. O atacante admite que tem uma dívida com o Coritiba, principalmente com o presidente Giovani Gionédis. E, apesar dos dezesseis anos de carreira, aprendeu mais uma lição: não adianta mais treinar como se fosse um jovem.
Para o colombiano, o tempo acaba sendo um adversário intransponível. “Mesmo com tanto tempo de vida e de carreira, eu descobri que não posso trabalhar muito durante a semana. Vocês não vão mais me ver tanto por aqui (no campo), porque eu preciso me cuidar mais”, confessa o atacante coxa.
Ari conta que se empolgou com o trabalho da intertemporada, e se impôs uma responsabilidade de recuperar o Coxa. “Eu sei que tenho muita importância para o Coritiba, e sabia que precisava ajudar neste jogo. Por isso treinei muito e acabei me lesionando”, reconhece ele, que não faz alusão entre as lesões na panturrilha e a operação no joelho que fez no final de 2003.
Por causa dessa lesão, o colombiano ainda diz estar em dívida com a direção. “Vou ser sincero. Eu ainda tenho que fazer muito por causa do apoio do presidente. Ele me deu toda força quando eu vim para cá lesionado, deu tempo para eu me recuperar, e agora me passou muita força, afirma Aristizábal, que garante não se preocupar com as críticas. “Sei que os mesmos que falam de mim agora vão bater nas minhas costas quando eu marcar meus gols”, finaliza.
Frio pode ter ajudado a provocar nova lesão
O local da contusão que tirou Aristizábal de campo, domingo, é o mesmo da anterior. “Isso acontece. Ele poderia tanto sofrer uma contusão ali como na outra perna”, diz o chefe do departamento médico alviverde Lúcio Ernlund. Segundo os médicos, não havia problema clínico com Ari, e por isso ele foi liberado para enfrentar o São Caetano.
Até mesmo o clima influi, e pode ter sido um fator decisivo na lesão repentina de Aristizábal. “Tivemos os dias mais frios do ano no final de semana, e é claro que isso atrapalha”, admite Lúcio Ernlund. Agora, o momento é de espera. “Não existe uma projeção matemática quando se fala em lesões”, resume o chefe do DM alviverde. A princípio, são duas semanas de tratamento, mais outra para a recuperação física.