Quando o técnico Muricy Ramalho escalou Denilson entre os titulares na partida contra o Criciúma, no último dia 2, muitos torcedores torceram o nariz. Àquela altura, o volante praticamente não havia defendido o São Paulo e ficou encostado como uma das últimas opções do elenco; só não saiu porque o clube não encontrou nenhum interessado.

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Mas desde então, a vida do camisa 15 mudou. Com atuações excelentes especialmente nos últimos três jogos, ele ganhou a vaga de titular e a confiança de Muricy Ramalho para seguir trabalhando e jogando. Mas não foi fácil e o próprio jogador admite que o período de ostracismo muito se deveu a seus próprios fantasmas.

“Foi mais questão pessoal, mas temos que reconhecer o trabalho do próximo. O Maicon vinha muito bem também, são jogadores de qualidade. O elenco está se fechando. Nesse tempo parado não fiquei murmurando pelos cantos; eu me culpei e coloquei na cabeça que tinha que trabalhar mais que os outros. Hoje graças a Deus estou de volta e espero dar sequência a essa fase”, ponderou o volante, que deu o passe para Alexandre Pato definir a vitória contra o Santos no último domingo.

Denilson voltou ao São Paulo em 2011 após cinco temporadas no Arsenal. A exemplo do momento atual, só deslanchou depois de muitas oscilações e formou ao lado de Wellington uma dupla que levou o clube tricolor ao título da Copa Sul-Americana em 2012. No ano passado voltou a oscilar e começou a perder espaço, mas resolveu jogar e deixar os problemas externos para trás.

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A principal vontade agora é continuar aproveitando a chance dada por Muricy Ramalho. Denilson, que será pai no ano que vem, não quer nem passar perto de dias como do começo de temporada, onde foi titular na estreia do Campeonato Paulista contra o Bragantino e depois foi encostado. “Sem dúvida, esse primeiro semestre sofria bastante. Trabalhava duro, chegava em casa e só Deus sabia… você não jogar é muito ruim, mas agora vivo um momento de muita felicidade”, disse.