Demichelis como titular é a maior alteração argentina

Toda a badalação para o forte ataque argentino esconde em qual setor está a grande mudança da equipe para a fase final da Copa do Mundo. Na defesa, o técnico Alejandro Sabella surpreendeu contra a Bélgica e promoveu a titular o zagueiro Martin Demichelis, de 33 anos, jogador que ficou quase três anos sem ser convocado para a equipe.

O camisa 15 substituiu Fernández nas quartas de final e teve atuação segura, principalmente nas bolas aéreas diante de um duro adversário. Segundo estatística da Fifa, a Bélgica é a equipe que mais criou chances de gol na Copa. “Fernández não estava mal, mas Demichelis tem experiência internacional e, por isso, não sente tanto a responsabilidade”, comentou o colega de zaga, Ezequiel Garay. Nesta quarta, o veterano terá o papel de conter o temido ataque holandês.

Antes de aparecer na lista da Copa, Demichelis tinha atuado pela última vez em novembro de 2011, pelas Eliminatórias. Na ocasião, falhou ao ser desarmado perto da área pelo atacante boliviano Marcelo Moreno no lance do gol que empatou em 1 a 1 o jogo, em Buenos Aires. Sabella, que na época ainda estava há poucos meses no cargo de técnico, recebeu muitas críticas pelo resultado ruim em pleno Monumental de Núñez.

Mas o grande culpado foi mesmo Demichelis. O zagueiro ficou esquecido e nem mesmo as boas atuações nas temporadas seguintes pelo Málaga e depois pelo Manchester City pareciam fazer o técnico mudar de ideia.

O sumiço da seleção apagava a história vitoriosa que o defensor vinha escrevendo na carreira até então. Demichelis foi revelado pelo River Plate e ainda com status de revelação do futebol argentino, deixou o país aos 23 anos para jogar no Bayern de Munique.

Demichelis foi convocado pela primeira vez pela Argentina em 2005 e na Copa de 2010 foi titular de Maradona. Marcou um gol contra a Grécia, mas ficou marcado pela atuação ruim na derrota por 4 a 0 para a Alemanha, pelas quartas de final.

Nem o próprio zagueiro tinha a expectativa de jogar a Copa de 2014. Demichelis já tinha até mesmo planejado viajar de férias durante a Copa, quando viu seu nome entre os 30 pré-selecionados para o Mundial. “Se isso é um sonho, por favor, não me acorde. Não imaginei que estaria aqui no Mundial. Era a última coisa que passava pela minha cabeça há dois meses”, admitiu o zagueiro.

O retorno à seleção argentina veio na hora ideal, justamente na partida que recolocou a Argentina em uma semifinal de Copa depois de 24 anos.

HOLANDA – Do trio de zagueiros holandeses, Stefan de Vrij, embora seja o de menor experiência, é o mais ousado. Costuma subir ao ataque até como lateral direito e nos centros de bola parada. Foi assim que marcou gol na estreia. Contra o México, pelas oitavas, apareceu de surpresa diante do goleiro Ochoa, que fez defesa espetacular.

O defensor, de 22 anos, é uma das apostas do treinador Louis van Gaal na nova geração de jogadores, a maioria nascida na década de 1990. Antes do Mundial, tinha apenas 12 jogos pela seleção, mas se destacou na fase final de preparação. “Sabemos que a mídia da Holanda não está confiante, mas nós estamos. É um sonho jogar esta Copa, especialmente para os mais novos”, afirmou ele sobre a chance de ir à final.

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