Sem vencer nas duas rodadas iniciais do Paranaense 2010, o clima de cobrança prevalece no Atlético. Até então, o clube vinha “dando tempo ao tempo”. Com treinos em ritmo de pré-temporada, a parte física era prioridade.
No entanto, o sinal de alerta foi ligado e o Rubro-Negro enfrenta o Serrano, hoje, às 20h30, na Arena da Baixada, com a “obrigação” de conquistar os três pontos. No treino de ontem, no CT do Caju, Antônio Lopes realizou o primeiro tático do ano.
Escalou como titulares para hoje Valencia, Bruno Mineiro e Marcelo. Apesar do esquema 3-5-2 ser mantido, o treinador do Atlético quer versatilidade. “Nada adianta usar três zagueiros se o ala funcionar como um lateral”, disse ele, negando qualquer problema com o jovem Raul.
O ala escolhido pelo chefe disse que entendeu o recado. “Tenho na minha cabeça o que fazer. Tô preparado e tranquilo. Os volantes e os zagueiros farão a cobertura quando eu dar o combate”, disse.
A palavra de Marcelo tem relação com a nova missão solicitada pelo Delegado. Tentar ganhar a bola no território inimigo virou dever de quem estiver no campo de ataque do Atlético.
Wallyson, por exemplo, recebeu intensos gritos de Antônio Lopes: “Assim não dá. Tem que pressionar. Não dar espaço. Chegar junto”, instruía no treino de ontem. O colombiano Valencia, novamente entre os volantes do Atlético, afirmou que o time precisa mudar a marcação. Escalado para fechar o meio-campo rubro-negro, ele resumiu sua presença entre os titulares com poucas palavras: “Pode faltar preparação física. Mas vontade, não”.
Adversário mais leve
Ao analisar as partidas do Serrano contra o Coxa e Corinthians-PR, o treinador Antônio Lopes afirma que o Atlético enfrenta hoje um adversário com características distintas dos dois primeiros oponentes.
“Jogam com uma linha de quatro atrás, quatro no meio-campo e dois atacantes. Apesar da estrutura física forte dos jogadores, eles parecem ter uma equipe mais leve do que as equipes que enfrentamos, principalmente em comparação com o Operário”, disse.