O delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP), Marcos Cipriano, confirmou nesta segunda-feira que houve fraude no exames de urina identificados como da nadadora Rebeca Gusmão durante os Jogos Pan-Americanos do Rio. Ele revelou ainda que há indícios da participação da atleta na adulteração das amostras.
Marcos Cipriano chegou a essa conclusão depois de ouvir nesta segunda-feira o primeiro depoente da investigação policial do caso, o médico Eduardo de Rose, diretor de antidoping da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e também do Pan. "Constatei que, realmente, houve fraude. Alguém trocou a urina. Agora, a linha de investigação é saber quem fez isso e qual benefício recebeu", declarou o delegado.
Suspensa preventivamente, a nadadora pode ser até banida do esporte no próximo mês. Além de ser investigada pela presença de DNA de dois doadores diferentes nos exames feitos durante o Pan, ela deve ser julgada, em dezembro, pela Corte de Arbitragem do Esporte (CAS) por uso de testosterona exógena (não produzida pelo corpo) durante o Troféu José Finkel, em maio de 2006.