As seleções brasileiras masculina e feminina de judô vão para as Olimpíadas de Pequim com obrigações semelhantes: conquistar medalhas. Mas por motivos diferentes. Enquanto os homens terão de manter uma tradição de subir pelo menos uma vez no pódio, feito que se repete desde os Jogos de Los Angeles (1984), as mulheres sonham em ficar entre as três primeiras pela primeira vez na história.

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A pedido da Agência Estado, os treinadores analisaram cada atleta que vai representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim. A equipe masculina por Luiz Shinohara e a feminina, por Rosicléia Campos.

Denílson Lourenço (até 60 kg) – Ele nunca perde a calma e a concentração. Cauteloso, sabe esperar o momento para colocar o melhor golpe.

João Derly (até 66 kg) – O João é o bicampeão mundial, mas isso já aconteceu. Ele sabe que nas Olimpíadas todos entram iguais no tatame. Tinhoso, nunca se dá por vencido.

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Leandro Guilheiro (até 73 kg) – Sem dúvida, não existe no mundo um lutador mais técnico do que ele na sua categoria. Ele está em grande fase. Pena ter pego uma virose e não ter podido participar da Copa do Mundo, em Belo Horizonte.

Tiago Camilo até 81 kg) – Ele sabe que depois do que fez ano passado (ouro no Pan do Rio e no Mundial) será o adversário a ser batido em sua categoria. Encontra-se em fase física e técnica espetacular.

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Eduardo Santos (até 90 kg) -Muita gente não o conhece e pode até estranhar sua condição de titular. Mas ele teve um grande desempenho nos torneios europeus do início do ano.

Luciano Corrêa (até 100 kg) – O Luciano é puro coração. Quando não dá na técnica, vai na raça mesmo. Para ele não existe luta perdida. Foi assim no Mundial do ano passado, quando se sagrou campeão.

João Gabriel Schllitler (acima de 100 kg) – Foi o lutador que mais progrediu. Está ganhando massa muscular e se desenvolvendo tecnicamente. Sua maior característica é saber bloquear o ataque adversário.

Sarah Menezes (até 48 kg) -Tecnicamente é a atleta mais completa. Sabe lutar tanto em pé como no solo com a mesma eficácia.

Érika Miranda (até 52 kg) -Ela sabe de suas limitações e as supera com raça. Tanta raça, que daria para distribuir.

Ketleyn Quadros (até 57 KG) – É a nossa ice woman (mulher de gelo). Pode estar ganhando ou perdendo e sua reação é a mesma. Uma máquina de treinar.

Danielli Yuri (até 63 kg) – Por uma questão de educação, que vem de sua origem oriental, ela quer provar a cada luta o seu valor. É muito explosiva no combate.

Mayra Aguiar (até 70 kg) – É a que melhor sabe competir. Sabe usar o placar a favor. Se na parte técnica não é a melhor, supera com uma vontade incrível.

Edinanci Silva (até 78 kg) -Lutadores de outros países me falam que ela é a mais forte do mundo. Quando está bem psicologicamente, não há adversárias para ela.

Priscila Marques (acima de 78 kg) – Não tem gordinha como ela. Tecnicamente é uma das melhores. Mas, às vezes, perde a confiança (Priscila disputa na quinta-feira, em Miami, o Pan-Americano, e precisa vencer para ir aos Jogos de Pequim).