Tcheco dificilmente jogará;
Marcel e a opção e Fernando a dúvida.

Edu Sales e Marcel. Lima e Marco Brito. Edu Sales e Lima. Essas foram as duplas de ataque do Coritiba neste campeonato brasileiro, e nenhuma delas conseguiu mostrar serviço por dois jogos consecutivos. E é provável que aconteçam novas mudanças para a partida de domingo, às 16h, contra o Vasco, no Couto Pereira. Tudo para resolver o crônico problema ofensivo alviverde na competição.

A média de gols do Cori no Brasileiro é apenas razoável, de 1,125 (10 em oito jogos). E sete jogadores foram os autores (Lima, Tcheco, Alexandre Fávaro, Marco Brito, Marcel e Edu Sales). O que poderia representar a variedade de opções, acaba sendo na verdade a mostra da dificuldade em se achar uma dupla ideal. Dos atacantes do elenco, apenas Helinho não foi utilizado, já que Gélson estava entregue ao departamento médico até a semana passada.

A inconstância ofensiva é explicada justamente pelo baixo rendimento. Com a moral de terem sido os artilheiros do campeonato paranaense, Edu e Marcel iniciaram o Brasileiro como titulares, mas foram questionados logo na partida contra o Internacional, pela segunda rodada. Ainda assim, jogaram contra Juventude e Cruzeiro – neste jogo, Marcel foi substituído no intervalo por Marco Brito, que assumiu ali a posição de centroavante titular.

No jogo seguinte (Figueirense), Brito teve a companhia de Lima, e essa dupla conseguiu se manter no time até a partida contra o Paraná, quando Bonamigo lançou mão de Edu Sales e Marcel novamente – e ambos resolveram, virando o jogo para o Coxa. No jogo contra o Grêmio, Bonamigo optou por uma dupla ?híbrida?, formada por Edu e Lima, mas o time não saiu do zero e acabou perdendo.

Para os jogadores, o ideal seria uma constância para os titulares. “É claro que seria mais interessante se a gente pudesse jogar mais partidas seguidamente. Mas quem escolhe é o Bonamigo, e ele tem as opções para decidir”, comenta Edu Sales. “O treinador tem condições para optar por quem ele entender. Eu quero jogar, mas a nossa pensamento tem que ser o melhor para o Coritiba”, completa Marco Brito.

Até porque, pelo que pensa Bonamigo, não se pode reclamar de falta de entrosamento. “Qualquer dupla que for escalada está entrosada, porque eles se conhecem desde o campeonato paranaense”, avalia. Segundo o treinador, o que aconteceu contra o Grêmio foi um fato isolado. “Nós não podemos deixar de valorizar o adversário, que tem uma defesa sólida, com jogadores de qualidade”, diz.

Para o jogo de domingo, a ausência de Jackson pode dar a Bonamigo a chance de formar novo ataque. Se ele optar pela entrada de Lima no meio-campo, Edu Sales e Marcel devem de novo jogar juntos na frente. Por enquanto, o técnico alviverde não comenta as possíveis alterações. As primeiras novidades devem ser conhecidas esta tarde, quando acontece o primeiro coletivo da semana, no Couto Pereira.

De volta

E o atacante Ricardo Malzoni foi reintegrado ontem ao elenco alviverde. A revelação coxa ficou onze meses no Fluminense, onde foi muito pouco aproveitado. “Valeu muito pela experiência de estar com jogadores consagrados, como o Romário”, conta. Segundo a diretoria, Malzoni estará à disposição de Paulo Bonamigo assim que o documento da rescisão do contrato com o Fluminense seja enviado para Curitiba.

Ala direita também vira problema para o Coritiba

E agora? Quem vai ser o ala-direito do Coritiba na partida contra o Vasco? A discreta atuação de Pepo contra o Grêmio reacendeu as dúvidas sobre a posição, que era de Ceará até o jogador sofrer uma grave lesão no púbis. Como Jackson (opção mais ofensiva) está suspenso, abriria-se a grande chance para o retorno de Maurinho. Mas, segundo o técnico Paulo Bonamigo, Pepo só não joga se não quiser.

A princípio, Pepo segue sendo a opção preferencial de Bonamigo. Com ele, o Cori consegue maior segurança defensiva e composição no meio-campo – e é por esses fatores que o técnico pretende mantê-lo na direita, desde que ele queira. “Quero conversar com ele, e se ele manifestar que está se sentindo mal, aí nós vemos o que pode acontecer”, comenta o treinador alviverde.

Isso poderia irritar Maurinho, que foi contratado especificadamente para jogar na ala. Mas ele acredita que a posição de Bonamigo é a mais correta. “É bom, porque eu preciso me condicionar melhor. Os jogadores que estão aqui desde o início do ano têm a vantagem de ter feito a pré-temporada, e estão em melhor momento do que eu”, avalia.

Mesmo assim, Maurinho acredita que pode jogar contra o Vasco. “É um jogo bom, e eu gostaria muito de participar. Estou trabalhando forte para isso”, diz o lateral. Enquanto isso, Ceará finalmente começou o recondicionamento físico – ele não joga desde a final do campeonato paranaense, em 23 de março. A perspectiva do departamento médico é que o jogador volte a treinar com bola daqui a quinze dias.

Problema

O goleiro Fernando também é dúvida. Ele torceu o joelho direito na partida contra o Grêmio e foi submetido a uma ressonância magnética na tarde de ontem. “Ele tem uma lesão no ligamento colateral do joelho direito, mas a princípio não é nada grave”, diz o médico Walmir Sampaio. Se Fernando não voltar aos treinos até quinta, ele não joga – e seu substituto será Fernando Vizotto.

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