O Vasco desembarcou nesta quinta-feira no Rio ainda com a cabeça quente pelo empate por 1 a 1 com o Libertad, no Paraguai. A arbitragem, a violência dos adversários, o fato de ter largado na frente provocaram sentimento de frustração. Nada comparável, porém, às ofensas racistas sofridas por Dedé e Renato Silva, vindas das arquibancadas durante a após o confronto.

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“É triste. Não é fácil escutar um babaca chamar a gente de macaco. Fico triste por existirem pessoas assim, mas mantenho a minha cabeça erguida. Tenho orgulho da minha cor e orgulho de ser brasileiro”, disse Dedé. “Não vai ser a primeira, nem a última vez, e isso não vai me abalar. Pelo contrário. Isso nos deu mais motivação”.

Menos interessado em tocar no assunto, Renato Silva foi econômico ao tratar do desagradável episódio. “Não sei por que insistem nisso. Xingaram muito mesmo. Mas não demos bola”.

Dedé destacou, porém, que as agressões verbais não partiram de nenhum dos jogadores do Libertad ou membros de sua comissão técnica, apenas dos torcedores.

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Na próxima quarta-feira, as duas equipes voltam a se enfrentar pelo Grupo 5. Os paraguaios lideram a chave com sete pontos, contra 4 dos vascaínos. Uma vitória é capital para as pretensões dos brasileiros.

Antes, porém, a equipe cruzmaltina tem um difícil clássico com o Botafogo, domingo, no Engenhão. O técnico Cristóvão Borges precisa avaliar bem os atletas, para definir quem vai a campo. Depois da partida em Assunção, o atacante Alecsandro, o zagueiro Rodolfo, o atacante William Barbio e Renato Silva, todos reclamaram de dores ou cansaço muscular.

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