Rio – O lateral-esquerdo Dedê, do Borussia Dortmund, passou mal e teve de ser amparado por amigos ao ser informado que seu nome constava da lista de convocados do técnico Carlos Alberto Parreira para o amistoso do Brasil com a Hungria, dia 28.
“Tive uma tremedeira nas pernas, pedi um copo d’água e até senti falta de ar”, contou o jogador, por telefone, à Agência Estado.
“A Cláudia (funcionária da CBF) me telefonou para avisar, fiquei paralisado, como quem tivesse recebido uma alta dose de anestesia.” Em seguida, Dedê foi para casa e comemorou a convocação com os parentes. Primeiro tratou de entrar em contato com seus pais, Vicente e Maria Alice, que moram em Minas Gerais. “O telefone então não parou mais de tocar. Estou nesse ritmo já faz 24 horas, são ligações do meu clube, de amigos e da família, de jornalistas de várias partes do mundo.” Ao saber da reação de Dedê, Parreira também ficou entusiasmado. Disse que a seleção brasileira tem o poder de avivar alguns sentimentos mais reservados. “A gente sabe que essas manifestações existem. Mas ninguém fala abertamente. Gostei muito da honestidade, do gesto espontâneo do Dedê ao contar isso.”