Atlético e Coritiba iniciam esta a semana a preparação para a disputa das finais do Campeonato Paranaense, título que será decidido em dois jogos. Apesar das campanhas semelhantes, o Coxa tem a vantagem de fazer a partida decisiva no Couto Pereira, e só. Afinal, o regulamento da competição ignora o saldo de gols. Significa que, independentemente de quanto for o placar do primeiro jogo, se a outra equipe vencer a partida de volta o título será decidido nos pênaltis. Os Atletibas estão marcados para 6 e 13 de maio e, desta vez, serão disputados com as duas torcidas nas arquibancadas.
Porém, antes de pensar na primeira partida, a dupla precisa encarar jogos decisivos pela Copa Brasil, na quarta e quinta-feira. O Furacão encara o Cruzeiro e o Coxa enfrenta o Paysandu. O Coritiba tem a situação um pouco menos complicada por ter vencido o primeiro confronto por 4 x 1. Já o Furacão precisa mostrar o cartão de visitas contar os mineiros no primeiro jogo das oitavas de final e abrir boa vantagem para a partida da volta.
Mas a semelhança entre os dois times nesta reta final não para apenas no momento que vivem na Copa do Brasil. No Paranaense, os dois tiveram trajetórias muito iguais, apesar de inícios distintos. O Atlético começou como uma incógnita: diretoria nova, elenco reformulado e um treinador pouco conhecido no futebol brasileiro. Mas o uruguaio Juan Ramon Carrasco fez sua parte, conquistou o primeiro turno, condicionou seu time às finais e deu ao Furacão a moral perdida após o rebaixamento para a Série B.
Já o Coritiba precisava mostrar que era o mesmo time que chamou a atenção do Brasil no ano passado. Só que, apesar de manter o técnico Marcelo Oliveira, a equipe perdeu peças expressivas e atravessou o 1.º turno flertando com a crise.
Na segunda fase do Paranaense, as situações se inverteram. O Atlético perdeu o brilho do primeiro turno e deixou o rival passar à frente, desperdiçando a chance de ser campeão sem precisar das finais. Já o Coxa, ainda que não tenha tido o mesmo sucesso do ano passado, conseguiu ter melhor campanha que o Furacão. Sofreu apenas uma derrota, contra três do rival, e chega na decisão com 5 pontos a mais na classificação geral do que o Rubro-Negro, além de ter o melhor ataque: 54 gols marcados. Mas no quesito defesa, ninguém conseguiu superar o Atlético. O time sofreu apenas 15 gols – média de 0,68 por jogo – e leva esse trunfo para a grande final.