Quatro meses depois de chegar ao Santos como a melhor escolha para ser o novo companheiro de ataque de Neymar, Keirrison ainda não reencontrou o seu verdadeiro futebol. No empate por 0 a 0 diante do Grêmio, sábado passado, na Vila Belmiro, o atacante foi substituído por Marcel nos minutos finais, mas outra vez não jogou bem. Ficou com a bola apenas 23 segundos e não chutou nenhuma vez a gol, mas mesmo assim não se abala.

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“Estou feliz pelo que fiz contra o Grêmio. Procurei me movimentar, mas as oportunidades não apareceram. A minha vontade é aproveitar bem os últimos jogos da temporada e esperar que 2011 seja bem melhor do que este ano”, desconversou o artilheiro do Brasileiro de 2008, com 39 gols, quando atuava pelo Coritiba. Pelo Santos, sua média de gols mais parece de zagueiro: dois em 10 jogos.

O interino Marcelo Martelotte já antecipou que as informações que passará ao novo treinador, Adílson Batista, a respeito de K9 serão mais pelo jogador que ele era no Coritiba e no Palmeiras do que sobre o desempenho que vem tendo no Santos. Mas ele afirma que nem isso será necessário. “Adilson já me conhece há tempo e não me preocupa o que Martelotte vai passar para ele.”

As explicações de K9 para a interminável má fase são a falta de oportunidades no Benfica, como na Fiorentina, clubes que defendeu por empréstimo, e a contusão que sofreu logo após ter estreado no Santos. Agora, ele aposta que começando 2011 do zero, finalmente vai conseguir se readaptar ao futebol brasileiro e dar a resposta em campo que o santista espera.

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“É lógico que essa situação incomoda, mas não me preocupo porque tenho contrato com o Santos até julho e pretendo cumpri-lo, e mais quatro anos com o Barcelona. Qualquer atleta precisa de sequência de jogos e eu procuro suportar esse momento e entender”, afirmou.