São Paulo – Em meio a suspensões, contusões, abandono de clube, o que mais abala o técnico Emerson Leão não é a dificuldade de montar um time às vésperas de mais uma partida do Corinthians. O que tira o treinador do sério é a saída prematura do lateral-direito Fagner, um dos destaques do Brasil no Sul-Americano Sub-20.
O contrato do jovem jogador acabou na última quarta-feira. E seu empresário já o negocia com outros clubes brasileiros. ?Fico enojado. Com o Fagner foi pior do que com Christian, que saiu por problemas particulares. Foi um roubo dentro da lei?, lamentou Leão.
O lateral, de apenas 17 anos, foi promovido aos profissionais pelo treinador na reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado. Por isso, a saída dele foi um duro baque para Leão, principalmente agora, com a equipe carente de jogadores na posição.
Para o técnico do Corinthians, a culpa é da lei brasileira. ?Você coloca no time um garoto (de 17 anos), que era um bebê. Pela força das circunstâncias, ele vai para a seleção (Sub-20). Chega alguém, dá um dinheiro ao pai e o leva embora?, disse Leão, que defende uma reformulação na atual legislação do futebol.
O volante Magrão pode ser o próximo da lista de ?fujões? do Corinthians. Com contrato até junho, o jogador pode ser chamado a qualquer momento para voltar para o Yokohama Marinos, seu clube no Japão, porque o Corinthians ainda não pagou os US$ 600 mil (R$ 1,2 milhões) referentes ao empréstimo do atleta.
O prazo para quitar a dívida deveria venceu na última quarta-feira, e, enquanto não tem sua situação definida, Magrão prefere se ausentar das discussões.