Recuperado de uma cirurgia no coração que serviu para corrigir uma arritmia cardíaca e o afastou do time Flamengo por mais de um mês, Renato foi relacionado pelo técnico Joel Santana para a partida deste domingo, contra o Americano, no Engenhão, pela última rodada da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca. E o meio-campista voltará à equipe justamente depois da amarga eliminação na Copa Libertadores, decretada de forma dramática na última quinta-feira à noite.
Em meio a este cenário tenso e de pressão que marcará o seu retorno aos jogos do Flamengo, Renato ressaltou a importância de os jogadores deixarem para trás a decepção na competição continental. O jogador, porém, evitou se colocar como exemplo de superação neste momento em que a conquista do Campeonato Carioca virou o único objetivo palpável da equipe antes do início do Brasileirão deste ano.
“Eu não sei se sou o exemplo. Já aconteceram casos assim em que o Flamengo se superou e saiu (da crise). Hoje vivemos um momento de tristeza, mas tem que passar. Não podemos lamentar o ano todo. É uma pagina virada que temos que eliminar do livro. Temos o Carioca agora, que não era exatamente o sonho do torcedor, mas é um objetivo e vamos lutar por isso”, ressaltou o atleta, em declaração publicada pelo site oficial do Flamengo nesta sexta.
Renato também lembrou que o clube viveu situação semelhante à atual em 2007, quando conseguiu se recuperar na temporada após ter sido eliminado de forma precoce da Libertadores daquele ano pelo Defensor, do Uruguai. Na época, o time fechou o Campeonato Brasileiro na terceira posição. Mas, para que uma nova reação seja possível, ele exaltou que o apoio dos torcedores será fundamental.
“Naquele ano, o que fez a gente se levantar foi a torcida. Perdemos para o Defensor no Uruguai (por 3 a 0) e no jogo de volta o Maracanã estava lotado. Saímos, mas de uma maneira limpa (vencendo por 2 a 0). O time correu, lutou. Eu saí do time no meio daquela temporada, mas o time conseguiu a vaga para a Libertadores do ano seguinte. Os torcedores nos fizeram lutar. A torcida é o 12.º jogador. Se nos apoiar, vamos melhorar. O principal de tudo é a torcida estar com a gente o tempo todo”, enfatizou.