O volante italiano De Rossi gostaria que os dirigentes do futebol mundial levassem mais em conta a saúde dos jogadores na hora de decidir os horários das partidas. Ele disse nesta terça-feira que jogar às 13 horas no Recife, contra a Costa Rica, na sexta-feira, pela segunda rodada da Copa do Mundo, será muito difícil.

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“Infelizmente, as pessoas que decidem essas coisas colocam outros interesses em primeiro plano, principalmente os da emissoras de tevê. Jogar às 13 horas no calor do Brasil não é bom, mas na Itália temos de jogar em Verona no mês de janeiro, que é muito frio, às 21 horas e com gelo sobre o campo. Fazer o quê? Temos de aceitar essas coisas e ir em frente”, disse o volante.

Em sua opinião, o nível do espetáculo sai prejudicado em partidas disputadas sob calor tão intenso. “O jogo fica mais lento, os jogadores se desgastam muito e ficam mais sujeitos a erros, porque o cansaço físico faz com que fique mais difícil manter a concentração. Vimos pela tevê alguns jogos do Mundial que começaram às 13 horas e deu para perceber a dificuldade dos jogadores”, afirmou De Rossi.

Ele citou durante a entrevista o sufoco que a Itália passou no Recife no jogo contra o Japão pela Copa das Confederações (vitória por 4 a 3, no ano passado). “Saímos mortos daquela partida, e olha que foi à noite. Depois jogamos em Salvador contra o Uruguai às 13 horas e quase morremos de novo”, lembrou. Por isso, De Rossi espera que o árbitro conceda paradas técnicas sexta-feira para os jogadores poderem se hidratar. “Será importante o jogo parar dois minutos em cada tempo para tomarmos água. É uma questão de bom senso.”

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Na coletiva, ele também falou sobre como está se sentindo no Brasil. E fez uma declaração entusiasmada. “O povo brasileiro é fantástico, estamos tendo uma acolhida maravilhosa. Acho que este é o Mundial mais alegre e mais bonito que já houve”, avaliou um dos titulares da seleção italiana.