O São Paulo pode quitar o que já investiu em reforços para a temporada de 2019 com vendas de jogadores que nem lhe pertencem mais, mas que ainda têm dinheiro a gerar para o caixa tricolor. O clube pode ser beneficiado pelo mecanismo de solidariedade da Fifa, que prevê remuneração ao clube formador, e por cláusulas contratuais acertadas no momento da venda destes atletas. Na pauta, estão o zagueiro/lateral Eder Militão e o atacante David Neres.
O primeiro, vendido ao Porto, de Portugal, em julho do ano passado, tem sido um dos destaques do sistema defensivo da equipe e começa a despertar o interesse de gigantes europeus. Na última segunda-feira, o jornal inglês Daily Mail apontou que o Manchester United se juntou a Liverpool e Real Madrid na lista de interessados pelo ex-são-paulino em uma negociação poderá atingir os 42,5 milhões de libras (R$ 201 milhões).
O São Paulo tem direito a 10% de uma venda futura e mais 3,5% de mecanismo de solidariedade pela formação de Eder Militão, por isso observa atentamente o assédio a uma de suas joias forjadas em Cotia (SP), sede das divisões de base do clube.
No exemplo hipotético citado acima, caso uma transação de R$ 200 milhões fosse concluída, o time brasileiro receberia R$ 27 milhões, praticamente o mesmo que desembolsou para contratar o atacante Pablo, do Athletico-PR (R$ 26,6 milhões), no mais alto investimento já feito pelo clube.
No caso de David Neres, a bolada seria ainda maior. Segundo o jornal holandês De Telegraaf, os chineses do Guangzhou Evergrande estariam dispostos a desembolsar 30 milhões de euros (cerca de R$ 127 milhões) para tirá-lo do Ajax, clube que o contratou do São Paulo por R$ 50 milhões no início de 2017 e que será rival dos brasileiros na Florida Cup, em duelo marcado para este sábado.
O porcentual tricolor sobre o atacante é de 20% sobre venda futura, além de 3,5% do mecanismo de solidariedade. Ou seja, aproximadamente R$ 30 milhões cairiam na conta do clube do Morumbi se o martelo fosse batido e David Neres trocasse a Holanda pela China.
As sete contratações anunciadas até aqui – Igor Vinícius, Léo, Pablo, Tiago Volpi, Hernanes, Biro Biro e Willian Farias – já consumiram mais de R$ 42 milhões dos cofres, daí a importância de se equilibrar a balança.