O Paraná Clube já passou por várias reformulações no elenco desde o começo da atual temporada. Em janeiro, vários jogadores chegaram para a disputa do Estadual. Com a eliminação nas oitavas de final para o Atlético, o clube voltou a fazer mudanças no grupo e alguns acabaram deixando o Tricolor – ou não estão sendo aproveitados pelo atual técnico Claudinei Oliveira.

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Entre eles está o zagueiro Brinner. O jogador foi titular ano passado na disputa da Série B e a diretoria fez um esforço para mantê-lo na equipe em 2014. Fora de campo, atuou muitas vezes como líder do grupo em conversas com a diretoria e até mesmo com a torcida, evitando um desgaste maior entre a comunidade paranista.

Nos primeiros quatro jogos da segundona, Brinner foi titular e dava a entender que as opções defensivas para o time estavam completas com a companhia de Anderson Rosa, de Gustavo e até mesmo o aproveitamento do jovem Alisson. No entanto, antes da partida contra o Boa Esporte, na Vila Capanema, no dia 16 de maio, tudo mudou para Brinner.

O então executivo de futebol Roque Júnior conversou com o defensor e explicou ao atleta que ele não seria mais utilizado para não completar sete jogos com a camisa paranista na competição nacional – número limite para uma futura negociação com outra equipe da mesma divisão.

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“Isto partiu de cima e fiquei chateado. Fui para a concentração mesmo sabendo que não seria titular naquele jogo e aí veio à conversa com o Roque Júnior. Eu quero ajudar o clube, no entanto tenho que respeitar a decisão da diretoria. O que eu quero é jogar”, ressaltou o antigo camisa três do Paraná.

Retorno

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Antes do recesso para a Copa do Mundo, o zagueiro continuava treinando normalmente e se não aparecer nenhuma proposta oficial para deixar o clube, Brinner promete comparecer na reapresentação do elenco, sexta-feira, na Vila Olímpica. “Sou funcionário do clube e fiz boas partidas ano passado e grande parte do Paranaense. No entanto, em dois jogos acabei falhando e isto também contribuiu para a minha saída do time. Vale ressaltar que o Claudinei Oliveira não tem culpa de nada e deixo a situação com a diretoria e meu empresário”, disse o jogador de 26 anos.

Identificado com o elenco, o defensor deixa claro que gostaria de ajudar mais o time dentro de campo e tirar o Paraná o quanto antes da zona do rebaixamento. No entanto, é outro atleta que mostra insatisfação quanto aos recorrentes atrasos salariais. “O momento do clube é complicado dentro de fora de campo e infelizmente, acaba refletindo no campo. Tem atleta que trabalha preocupado pensando no restante da família, no aluguel do apartamento e até na imobiliária ligando. Para sair desta, a torcida é fundamental para aumentar a receita e deixar os atletas trabalharem normalmente”, concluiu Brinner.

Justiça

A audiência do ex-goleiro do Paraná, Luís Carlos, foi remarcada para o dia 25 de agosto. O Tricolor entrou com uma ação contra o Ceará sob a alegação de o Vozão ter levado o goleiro antes do fim do contrato.