O Campeonato Paranaense saberá nesta quinta-feira (6) qual será o seu destino. A partir das 10h30, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai julgar o caso do atacante Getterson, que irá definir a situação do J. Malucelli e, consequentemente, a reta final do Estadual, que sequer teve homologada a vitória do Jotinha por 3×1 sobre o Londrina, no último domingo, pela ida das quartas de final da competição. Porém, independentemente do que for definido nos tribunais, não significa que os problemas acabaram.
ATUALIZAÇÃO: Em decisão surpreendente, Rio Branco ‘substitui’ J. Malucelli no mata-mata
Logo mais, o STJD pode seguir por três caminhos. O primeiro é manter a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) e absolver o J. Malucelli da perda de 16 pontos pela suposta escalação irregular de Getterson. O segundo é o Jotinha perder estes 16 pontos e, automaticamente, o Londrina se classificar para a semifinal diretamente, mesmo tendo perdido o primeiro confronto e sem a necessidade de disputar a volta. O terceiro seria a punição ao J. Malucelli, com o Rio Branco subindo para a oitava colocação, entrando no grupo que disputaria o mata-mata, e modificando todos os confrontos das quartas de final.
Confira todo o desenrolar do caso Getterson
Três possibilidades que tem as mesmas chances de acontecerem. Em nota no site da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o STJD explicou que no julgamento será avaliada a situação do J. Malucelli, que colocou Getterson, supostamente sem poder, nas três primeiras rodadas do Paranaense, e o pedido de Toledo, Rio Branco e Foz do Iguaçu para que o Estadual seja paralisado até que, de fato, todo o imbróglio seja resolvido. Até porque, em caso de mudança, o Toledo também seria beneficiado, escapando do rebaixamento. Um problema que já havia sido negado pelo TJD-PR e pelo próprio STJD, na semana passada, e que parecia já não ter mais efeito.
Ou seja, o tribunal pode simplesmente definir hoje que o Paranaense seja parado e marque um novo julgamento, para aí sim julgar apenas o Jotinha, o que encavalaria ainda mais os confrontos, uma vez que em maio já começa o Campeonato Brasileiro, nos quais estarão envolvidos Atlético e Coritiba na Série A, Paraná Clube e Londrina na Série B e o próprio J. Malucelli, que está na Série D. Porém, a chance disso acontecer é justamente para evitar um novo processo no futuro.
De uma maneira resumida, se o Jotinha segue com os pontos, ou o Londrina se classifica diretamente, o Rio Branco pode reclamar que foi prejudicado, pois deveria ficar com a oitava posição e disputar o mata-mata. O caso de o Tubarão se classificar diretamente também geraria uma insatisfação dos outros classificados, uma vez que, neste contexto, o quinto colocado geral foi beneficiado com uma vaga direta na semifinal, enquanto o Paraná Clube por exemplo, líder geral e com folgas, teve pela frente um clássico complicado. Sem contar o caso de uma repetição de quartas de final, quando o Coritiba, por exemplo, praticamente se garantiu na semifinal ao golear o Cascavel por 5×0.
Assim, qualquer situação pode gerar um prejuízo, seja para a competição, seja para os clubes. A rigor, a decisão mais ‘simples’, seria manter como está, por ter uma brecha no regulamento do Campeonato Paranaense. Porém, com o ex-procurador geral do STJD, Paulo Schmitt, defendendo o Toledo (unido a Foz, Rio Branco e PSTC), a chance de tudo mudar não pode ser descartada. É aguardar as próximas horas.
