De Aloísio, existe apenas uma batalha jurídica

A novela Aloísio entra na segunda semana sem nenhuma solução à vista. Após o Atlético conseguir uma liminar na Justiça do Trabalho obrigando o São Paulo a sair de cena e o atacante a se reapresentar no CT do Caju, o clube paulista contra-ataca com uma rescisão de contrato do ano passado, além de um certificado internacional de transferência ?em branco?. Papelada que o Furacão não teme, mas que põe mais lenha na fogueira.

De acordo com a diretoria do São Paulo, a rescisão que Aloísio e Atlético assinaram em 11 de novembro do ano passado está valendo e é neste documento que o clube se baseia para conseguir o registro do jogador na CBF. Essa rescisão é um procedimento normal nos casos de renovação. O contrato anterior é cancelado e um novo assinado, em novas bases como um prazo maior, na mesma tacada. O Rubro-Negro fez isso após ?comprar? os direitos federativos, mas o Tricolor acredita numa brecha jurídica.

Os cartolas são-paulinos dizem que o Rubin Kazan/RUS (ex-clube de Aloísio) não fez a venda e mandou o certificado de transferência internacional (CTI) para o Morumbi e não para a Baixada. ?Vocês vão ver que temos razão. Os documentos do Atlético não são consistentes?, disse o presidente Marcelo Portugal Gouvêa. No CTI apresentado pelo São Paulo, a federação russa não informa qual o clube beneficiado.

Mas foi com base nesse fax que a CBF registrou Aloísio como jogador em definitivo do Furacão, como consta no BID do dia 11 de novembro. A entidade, por sua vez, não está se pronunciando sobre o caso, que foi remetido ao seu departamento jurídico. De qualquer forma, a diretoria do Atlético mantém o discurso de que tem tudo registrado e que vai vencer. Os advogados atleticanos conseguiram, inclusive, uma liminar na Justiça do Trabalho obrigando o São Paulo a não interferir no processo e ao jogador se reapresentar no CT do Caju. Caso contrário, uma multa de R$ 72,2 mil será aplicada diariamente.

Por enquanto, nada de Aloísio. De acordo com a assessoria de imprensa dele, faz uma semana que o jogador não dá sinal de vida. Proibido de treinar no CT da Barra Funda enquanto o imbróglio não é resolvido, o atacante tem se escondido do oficial de Justiça que o procura para entregar a notificação para voltar ao Atlético. O procurador do jogador, Bebeto, tem evitado a imprensa paranaense e sempre que alguém tenta falar com ele pelo telefone, simplesmente desliga o aparelho.

Michel Bastos se desculpa

O lateral-esquerdo Michel Bastos pediu desculpas ao técnico Lothar Matthäus e aos companheiros pela expulsão contra o Francisco Beltrão. Ele garante que não é indisciplinado e que foi o primeiro vermelho de sua carreira. De qualquer forma, ele não enfrenta o Iraty, às 16h de sábado, na Kyocera Arena.

?Peço desculpas, esse não é o meu comportamento e por sorte a equipe conseguiu superar e saiu vitoriosa?, disse. Segundo ele, o primeiro cartão amarelo não foi justo. ?Fiquei nervoso e até fui para o ônibus para refletir melhor o que tinha acontecido?, revelou. De qualquer forma, ele acredita que essa expulsão não será penalizada pelo alemão. ?Acho que não, ele me conhece e sabe que não sou assim?, garantiu.

A delegação chegou em Curitiba às 4h da manhã de ontem. Às 9h, o elenco já estava no gramado para um trabalho regenerativo. À tarde e durante todo o dia de hoje, o grupo ganha folga. Treino mesmo, só amanhã, quando Matthäus começa a pensar no time para enfrentar o Azulão. Se Michel Bastos não pode jogar, por outro lado o zagueiro Danilo estará de volta. O restante do time poderá ter mudanças para o treinador fazer novas avaliações.

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