Depois de quarenta dias parado, Dauri terá que suar bastante para se igualar ao restante do grupo. |
O meia-atacante Dauri se apresentou ontem no Paraná Clube. Principal contratação para a temporada 2003, ele chega para dar um toque de experiência ao jovem grupo paranista. Não fala em liderança, mas em colaboração para que o Tricolor resgate o perfil vencedor já na disputa do campeonato paranaense, a partir de 26 de janeiro. A volta ao Sul do País foi um dos “agentes motivadores” para o fácil acerto com o time paranaense, após um ano jogando longe de sua casa.
“Tenho minhas raízes em Garopaba e todos meus familiares são de lá. Estar mais perto deles foi decisivo na negociação”, revelou. Dauri já esteve nos planos do Paraná no início do ano passado, indicado pelo então técnico Paulo Bonamigo. A transação não evoluiu porque o meia trocou o Juventude pelo Goiás. No último Brasileiro da Série B, defendeu o Náutico. “Sob o aspecto pessoal, foi um bom ano. Pena que não alcançamos o objetivo de chegar à elite nacional”, disse Dauri. Em Pernambuco, foi o terceiro artilheiro da equipe na competição, com cinco gols.
Dauri chega para compensar a saída de Maurílio – que se transferiu para o futebol árabe (Al Ittihad) – mas evita comparações com o ex-capitão. “O Maurílio sempre foi um referencial para a torcida e para os demais jogadores. Estou chegando agora e a única coisa que posso dizer é que sou bom de grupo”, ponderou. Descontraído, o jogador garante que este sempre foi o seu estilo. “Sempre fiz amigos por onde passei e aqui não será diferente. Conheço vários jogadores do Paraná e me entroso facilmente”.
A liderança é uma questão que só o tempo dirá. “Isso se conquista no dia-a-dia. Mas, sei que o grupo já conta com o Roberto e o Ageu, por exemplo, que são líderes natos. Farei o que for possível para ajudar no crescimento do time e dos vários garotos do elenco”. Dauri chegou no início da tarde e na seqüência foi para a Unicenp, onde os jogadores do Paraná realizam os testes físicos sob a supervisão do preparador físico Fabiano Rosenau. “Vou ter que trabalhar muito para me igualar aos demais jogadores. Afinal, estou parado há mais de quarenta dias”.
Dauri de Amorin é natural de Garopaba, tem 29 anos, é casado e tem um filho (Vinícius) de quatro anos. Começou no Criciúma e já jogou por Joinville, Botafogo, Grêmio, Guarani, Bahia, América-SP, Juventude, Goiás, Figueirense e Náutico. Tem no currículo o título de campeão brasileiro de 1995 (Botafogo) e duas conquistas na Copa do Brasil, 1991 (Criciúma) e 1996 (Grêmio).
Não esconde que gosta de jogar à frente, sempre próximo aos atacantes. “Tenho facilidade para realizar jogadas pelos lados do campo, sempre aparecendo para fazer assistências ou finalizações”, disse. O meia teve um contato apenas superficial com o técnico Caio Júnior e somente com a seqüência dos treinos saberá qual as intenções do treinador em relação ao seu posicionamento em campo. “Vim para colaborar. Jogo onde for preciso”.
Márcio fecha com o Japão
O destino do atacante Márcio será mesmo o futebol japonês. O jogador confirmou ontem o acerto com o Kashiwa Reysol por empréstimo de um ano, inicialmente. O Paraná negociou sua parte (50%) dos direitos federativos do jogador com os empresários Juan Figger e Sérgio Malucelli há vinte dias.
“Viajo no próximo dia 20 de janeiro. Até lá, vou manter a forma aqui mesmo, em Curitiba”, disse o ex-goleador paranista. Oficialmente, o Iraty detém o vínculo do atleta, mas ele não pretende treinar no Azulão. “Quero ficar por aqui, pois minha esposa está grávida”, explicou. Márcio, com a transferência, não poderá acompanhar o nascimento do seu filho Nicolas, programado para fevereiro.