O zagueiro Daniel Marques pode ser o primeiro de uma série de reforços vindos de equipes da primeira divisão paulista. A diretoria do Paraná Clube admitiu que a transação com o atleta está adiantada e tão logo seja liberado pelo América de São José do Rio Preto o jogador se apresenta ao técnico Lori Sandri. O zagueiro é apenas um dos "alvos" da diretoria, que segue atuando no interior de São Paulo, tendo por base uma extensa lista de atletas avaliados nos últimos meses por "olheiros" do Tricolor.
Mesmo jovem – tem apenas 21 anos – Daniel Marques se destacou no Paulistão. Com boa estatura (1,88m) chegaria para qualificar o setor, enfraquecido desde a saída de Émerson, no início do ano. A defesa do Paraná deixou a desejar no Estadual, com 23 gols sofridos nos 14 jogos disputados. Além da contratação do jogador do América (que já passou por Palmeiras, Ituano e XV de Jaú), o clube ainda busca um jogador experiente para o setor. Batata, do Náutico, chegou a ser sondado, mas a transação na evoluiu.
"Sempre deixamos claro que pretendíamos trazer de dois a três zagueiros. Aos poucos, o time vai se fortalecer e acredito que muitos dos reforços já estarão à disposição do Lori para a estréia", comentou o vice de futebol José Domingos. Ele e o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro seguem hoje para São Paulo, ontem têm reuniões agendadas com jogadores, empresários e dirigentes. "Estou tranqüilo porque as negociações estão evoluindo. Como não temos encontrado portas fechadas, acredito que teremos sucesso na montagem de um time muito forte", afirmou.
Nesta viagem, os dirigentes podem definir mais algumas negociações – apesar da classificação de Ituano e Paulista para a próxima fase da Copa do Brasil. O nome do jogador não foi citado, mas o Paraná já acertou a contratação de um volante, que atuará por seu clube neste fim-de-semana. A lateral-direita (apesar do acerto com Diego, do Mirassol) também é uma prioridade. Dois jogadores da Portuguesa Santista, Nelsinho e Parral, estão sendo contatados. Além disso, o Tricolor também terá olheiros nas finais do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Lori Sandri sabe que a maior dificuldade será – desde que as contratações realmente sejam concluídas – ajustar um time totalmente novo. A partir de segunda-feira, ele já começa a armar o time com o grupo que está trabalhando na Vila Capanema há dez dias. "Os que forem chegando é que terão que buscar seu espaço, pois preciso ter um time-base definido", justificou Lori. Isso, independente das evidentes carências do elenco, composto atualmente por apenas dezenove atletas.