O lateral Daniel Alves minimizou nesta sexta-feira o peso do fato de ser um verdadeiro colecionador de títulos e preferiu ressaltar o fato de que está empenhado em tirar a Juventus da longa fila de 21 anos sem conquistas na Liga dos Campeões da Europa na final contra o Real Madrid, neste sábado, às 15h45 (horário de Brasília), em Cardiff, no País de Gales.
Neste período, após a conquista da taça em 1995/1996 – diante do Ajax, da Holanda -, o clube italiano perdeu quatro finais da principal competição de clubes na Europa: para o Borussia Dortmund (1996/1997), Real Madrid (1997/1998), Milan (2002/2003) e Barcelona (2014/2015).
“Não me interessam as contagens das minhas vitórias e os meus títulos. O futebol é um esporte coletivo e sou feliz se todos os meus companheiros são felizes. Por isso, e somente por isso, estou focado. Uma partida deste tipo é especial. Para a Juventus há um sentimento único, pois não vence há 21 anos (a Liga dos Campeões) e porque na última vez em uma final (em 1998) o Real Madrid venceu”, enfatizou o brasileiro, em entrevista coletiva em Cardiff.
Daniel Alves, demonstrando descontração, garantiu que “dormirá bem” na véspera da grande decisão e ressaltou que a grande força da Juventus não está nos valores individuais, mas sim no coletivo, no entrosamento do time e na qualidade do elenco.
O lateral brasileiro também enfatizou a importância do goleiro Gianluigi Buffon – o capitão do time luta pelo primeiro título da Liga dos Campeões na carreira. “A sua carreira é enorme, uma vitória amanhã acrescentaria outro troféu na sua incrível trajetória na historia do futebol”, destacou Dani Alves.
Buffon definiu a decisão contra o Real Madrid como a partida que poderá “mudar a história da Juventus”. O jogador – que recentemente completou mil jogos na carreira – frisou que o time irá para o jogo com muita confiança, mas com doses de humildade. E indicou que o título seria o encerramento perfeito para a carreira.
“Tenho 39 anos e me sinto como um garoto. Esta partida tem um valor muito importante para mim, já que sou um jogador que está há muitos anos na Juve e que recebeu mais do que deu (ao clube). Este seria, sem dúvida, um final perfeito para a minha carreira”, projetou Buffon que, entre outros títulos, conquistou com a seleção italiana o título da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.