O empate por 0 a 0 com a Venezuela, no último domingo, na estreia da Copa América, não abalou a confiança de Daniel Alves na seleção brasileira para a continuidade da competição. O lateral-direito afirmou nesta quarta-feira que os gols deverão sair naturalmente a partir do próximo sábado, quando a equipe de Mano Menezes enfrentará o Paraguai, em Córdoba (ARG), pela segunda rodada do Grupo B do torneio. E ele aposta em um jogo aberto, contra adversários mais corajosos do que foram os venezuelanos.
“Espero que no seguinte jogo a gente consiga fazer gols e acredito que o jogo vai ser mais aberto e teremos mais chances de marcar. É difícil jogar contra um rival que jogou retrancado como a Venezuela”, afirmou o jogador, para depois reiterar a sua opinião ao ser questionado se realmente acredita que os paraguaios irão ao ataque.
“Sem dúvida, pois é uma seleção que não renuncia ao ataque, que gosta de atacar. Espero um jogo difícil, mas um jogo mais aberto. Pelo fato de que a seleção paraguaia empatou (também por 0 a 0, na estreia contra o Equador), o jogo deve ser mais aberto”, aposta.
Para Daniel Alves, a cobrança depois do empate sem gols na estreia é natural, mas ele acredita que as análises da imprensa seriam diferentes se o Brasil tivesse aproveitado ao menos uma das chances que teve de marcar diante da Venezuela. “No contexto geral, fizemos um grande trabalho, independentemente do resultado. Acho que o trabalho precisa ser valorizado. E se tivéssemos vencido, teriam outra leitura”. opinou.
E, para o lateral, a falta de gols diante da Venezuela e os empates amargados por Argentina e Uruguai em suas estreias também precisam ser lembrados como um sinal de equilíbrio no continente. “A falta de gols só transmite o equilíbrio que tem nesta Copa América, as equipes melhoraram muito. Em relação ao segundo jogo, a gente está bastante tranquilo, e no decorrer da competição os gols virão naturalmente, pela qualidade dos nossos jogadores”, disse Daniel Alves, para depois lembrar que a forte pressão por resultados expressivos é uma rotina na vida dos jogadores da seleção.
“A cobrança é aceitável. Temos que ver o que a gente fez de errado e tentar melhorar. Como eu costumo dizer no Barcelona, aqui só serve ganhar, empatar aqui não serve. O jogador tem que ter essa consciência e a de que há milhões de torcedores que torcem pela gente”, finalizou.