Valquir Aureliano
O único: Vágner Benazzi, da Portuguesa. Treinador mantém o cargo desde o começo da Série B.

Já tradicional no futebol brasileiro, a dança dos técnicos é ainda mais constante na Segundona. Dos 20 times que disputam a competição, apenas a Portuguesa-SP não trocou de treinador e mantém Vágner Benazzi desde o início. Todos os outros já aderiram ao troca-troca e alguns extrapolaram, como Remo-PA e Ituano-SP, que já tiveram nada menos que cinco técnicos cada um. O time paraense se supera mudando seis vezes o comando, sendo Charles Guerreiro em duas oportunidades.

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Líder da competição, o Coritiba tem o técnico que está há mais tempo no cargo, depois de Benazzi. René Simões assumiu o comando do Coxa na 6.ª rodada, no lugar de Guilherme Macuglia.

Na outra ponta da tabela, em penúltimo lugar, o Remo prova que mudar constantemente de treinador não é receita de sucesso. Já passaram pelo time paraense Samuel Cândido, Luís Carlos Martins, Charles Guerreiro, Ademir Fonseca, novamente Charles Guerreiro e Ronaldo Rodriguez Rangel, o Bagé.

O lanterna Ituano não fica muito atrás. Já foi comandado por Leandro Campos, Toninho Andrade, Luís Antônio, Ruy Scarpino e Roberval Davino. Como resultado, está cada vez mais atolado na zona de rebaixamento para a Terceirona. Já a Portuguesa de Benazzi continua na briga por um lugar na Série A em 2008. A Lusa, com 44 pontos ganhos, ocupa hoje a 3.ª colocação.

Turnê

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Com tantas mudanças, alguns treinadores acabam passando por situações curiosas. Paulo Comelli começou o campeonato no Marília-SP. Saiu para dirigir o São Caetano-SP, mas foi demitido e acabou voltando para o Marília. Na semana passada, após uma derrota para o Vitória-BA, Comelli pediu demissão, mas não ficou muito tempo desempregado. Na última segunda-feira, assinou com a Ponte Preta. A estréia no novo clube foi na terça-feira, justamente contra o Marília. E a estréia de Comelli na Macaca foi desastrosa. O time de Marília, seu ex-clube venceu por 2 a 1.