Curitiba recebe, entre 4 e 8 de outubro, o nono Campeonato Sul-Americano Damas Sênior de Golfe. A competição deve reunir cerca de duzentas jogadoras de sete países da América do Sul, e o principal destaque deverá ser a argentina Maria Eugênia Teran, considerada hoje em dia a melhor golfista sul-americana. Os jogos serão disputados nos campos do Clube Curitibano (Quatro Barras), e no Alphaville Graciosa (Pinhais).
Serão várias categorias divididas pelo handicap das jogadoras. A competição é para golfistas acima de 50 anos, mas na categoria Super Sênior a idade mínima é de 70 anos. “São cerca de 30 jogadoras que pelo potencial podem competir inclusive com jogadoras mais novas e de handicap baixos”, afirmou a presidente da Federação Sul-Americana Damas Sênior de Golfe e da Associação Brasileira Feminina de Golfe Sênior (ABFGS), Zélia Oliveira.
Na visão da dirigente, o golfe vem crescendo muito no Brasil nos últimos anos. “Está acontecendo com o golfe um fenômeno parecido com o que aconteceu com o tênis nos anos 70”, salientou. Zélia explicou que o custo do esporte não é tão elevado como se pensa. “Não é necessário comprar um equipamento. Os clubes têm jogos de taco para alugar. Posteriormente o ideal é comprar um jogo de tacos usado, que custam cerca de R$ 300,00 mas sua vida útil é muito grande”, explicou.
A vice-presidente da (ABFGS), Yonne Ninno Leite, lembrou que o campeonato será realizado em campos padrões para competição. “São dezoito buracos, levando cerca de quatro horas cada partida”, contou.
Filosofia
Para Zélia, o golfe não é apenas um esporte, e sim uma filosofia de vida. Ela exemplificou várias situações que comprovam sua tese. “Os japoneses são fanáticos pelo jogo. Chegam a fretar aviões para jogar em outros países, já que no Japão não há espaço para se construir campos”, contou. Ela lembra que nos EUA grandes empresários fazem negócios durante partidas de golfe. “Existe inclusive uma liga das mulheres empresárias golfistas”, lembrou.
Segundo a golfista, a idade ideal para se iniciar no jogo é entre sete e oito anos. “Nessa faixa etária a criança começa a achar divertido o jogo. Mas é aos treze ou quatorze que ela ganha competitividade”, explicou.
