A ginasta Daiane dos Santos foi suspensa por cinco meses pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), nesta sexta-feira, após ter sido flagrada em exame antidoping realizado fora do período de competição, no dia 2 de julho do ano passado.
Na época, a brasileira testou positivo para a substância furosemida, diurético de uso proibido por sua capacidade de mascarar substâncias dopantes. A FIG informou que a suspensão aplicada contra Daiane, campeã mundial de solo em 2003, já começou a vigorar na última quarta-feira.
Por causa do doping, Daiane corria o risco de receber até dois anos de suspensão, pena que poderia acabar com o sonho da ginasta de encerrar a sua carreira nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
A FIG informou que a brasileira tem até 21 dias para apelar contra a sentença no tribunal da própria entidade que controla a ginástica mundial ou na Corte Arbitral do Esporte (CAS).
O caso de doping envolvendo Daiane foi revelado pela FIG em outubro. Um mês depois, a brasileira admitiu o uso de furosemida, mas negou que tenha utilizado a mesma para obter vantagem esportiva. Ela disse que optou pela substância para ajudá-la em um tratamento estético, lembrando que estava afastada das competições para se recuperar de uma cirurgia no joelho e fora da seleção brasileira desde outubro de 2008.
Em dezembro, Daiane foi até Lausanne, na Suíça, para dar explicações à FIG sobre o caso, em atitude que visou atenuar uma punição que poderia ter sido mais bem mais pesada que a aplicada pela entidade.
Eduardo de Rose, diretor do departamento antidoping do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), festejou nesta sexta-feira a punição relativamente branda recebida por Daiane. “Eu sou gaúcho (assim como Daiane), gosto muito de ginástica e da Daiane. Ela sempre foi uma atleta excelente e trouxe muitas alegrias ao Brasil. Os advogados dela estão de parabéns. Frente uma possibilidade de dois anos (de pena), sair com uma suspensão de seis meses é praticamente nada”, ressaltou De Rose, em entrevista ao canal SporTV.