Cottbus, Alemanha – A ginasta Daiane dos Santos, de 21 anos, confirmou ontem seu favoritismo no solo ao vencer a etapa de Cottbus, da Copa do Mundo de Ginástica, na Alemanha. Na primeira apresentação da final, que reúne as oito ginastas e apenas duas passam à finalíssima, ao som de “Rumba para Los Rumberos”, a brasileira foi impecável ao exibir a série da alto grau de dificuldade, com o duplo twist carpado e esticado. Recebeu a melhor nota (9.687), à frente da romena Catalina Ponor, com 9.550.
Na grande final, Daiane trocou a primeira acrobacia (tripla pirueta) pelo duplo twist esticado, até hoje executado só por ela, com muita altura, além de repetir o duplo twist carpado e um mortal esticado. Foi muito aplaudida pelo público. A variação de elementos lhe rendeu uma nota ainda maior: 9.762, contra 9.575 de Catalina.
“Antes da final, o Oleg (Oleg Ostapenko, seu técnico) disse para não fazer a tripla pirueta e fazer o duplo twist esticado e mais uma vez deu certo. Estou muito feliz”, disse Daiane, após a prova.
Com o resultado, a gaúcha provou que está em sua melhor forma. Nem mesmo a gripe atrapalhou seu desempenho. É a terceira medalha de ouro de Daiane no solo. No ano passado, ela venceu o Mundial de Anaheim, na Califórnia, e a etapa de Stuttgart da Copa do Mundo, também na Alemanha.
Catalina Ponor teve de se contentar pela terceira vez com a medalha de prata. “Gosto muito da Catalina, ela é muito boa. E para continuar ganhando dela vou ter de treinar muito. Mas tenho uma carta na manga, a nova coreografia “Brasileirinho”, que ainda preciso aperfeiçoar. Ela está muito bonita e tenho certeza que irá contagiar o público.”
A coreografia “Brasileirinho”, um arranjo da música do compositor Valdir Azevedo, foi montada por Bárbara Laffranchi, técnica da equipe de ginástica rítmica desportiva (GRD), Rony Ferreira e Nádia Ostapenko.
A estreante em competições internacionais, Ana Paula Rodrigues, de 16 anos, terminou em oitavo lugar na trave. A paranaense atingiu a nota 7.912 e manteve a posição de classificação. “Estava um pouco nervosa e errei bastante em vários elementos. Não fiz o que esperava, mas valeu como experiência.”
Diego Hypólito, classificado com a segunda melhor nota para final, terminou em sétimo, com 9.131 pontos. No primeiro salto, ele recebeu 9.512, mas sofreu uma queda na aterrissagem no segundo salto. O ouro ficou com o polonês Leszek Blanik (9.718), seguido pelo chinês Bin Lu (9.675) e o búlgaro Filip Yanef (9.656).
“Estou muito cansado, porque estou gripado e fiquei de cama até a hora da competição. Fiquei chateado, porque estava muito bem, mas vou tentar não ficar triste. Na próxima semana, tem a etapa de Lyon”, lamentou Diego.
A etapa de Lyon, na França, será disputada no próximo fim de semana. Entre 2 e 4 de abril, será disputada a terceira etapa, no Rio de Janeiro.
Daniele Hypólito, que não participou da etapa da Alemanha e ficou treinando no Rio de Janeiro, embarca amanhã com Georgette Vidor e o auxiliar-técnico Roger Medina para a França.
