Antes do ouro inédito conquistado na final do solo no Mundial de Ginástica Artística dos EUA, a ginasta Daiane dos Santos já havia conquistado neste ano outras seis medalhas em eventos nacionais e internacionais. O bom desempenho da ginasta começou a ser coroado em março, com a medalha de bronze no solo na etapa alemã da Copa do Mundo. Em junho foram mais quatro medalhas: bronze por equipe no Torneio Internacional de Madri (Espanha/Brasil/Romênia), e no Campeonato Brasileiro de Ginástica Olímpica realizado no Rio de Janeiro mais três medalhas: ouro no salto, prata no solo e bronze individual geral. Em agosto no Pan, Daiane conseguiu mais um bronze por equipe.
“Comecei este ano enfrentando adversárias de altíssimo nível na Copa do Mundo, que serviu como uma preparação para esse mundial e a conquista deste ouro inédito no solo”, destacou Daiane. A partir do dia 22 de setembro a ginasta volta para Curitiba, onde juntamente com as demais integrantes da seleção permanente, retorna aos treinos diários, como preparação para as Olimpíadas de Atenas 2004, e outros eventos nacionais e internacionais que acontecem ainda este ano.
Segundo a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBGin), Vicélia Florenzano, “esta medalha de ouro da Daiane mostra a revolução da ginástica como uma modalidade que cresce em ritmo acelerado no país, graças ao respaldo que conseguimos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que possibilitou todo um planejamento para as equipes olímpicas”.
Vicélia acrescentou que este planejamento também foi responsável por outras duas conquistas inéditas da ginástica brasileira: a classificação de toda a equipe feminina e do ginasta Mosiah Rodrigues primeiro brasileiro classificado para representar a equipe masculina de ginástica artística em Atenas. “Já havíamos conquistado o respeito dos europeus pela nossa ginástica, imagine agora depois desses resultados como o Brasil será visto pelo resto do mundo até as Olimpíadas?”, enfatizou a presidente.