Campeão em Toulon, Dagoberto curte banco
no Atlético com paciência e com apoio
do clube para chegar às Olimpíadas.

O Atlético deflagrou a operação Atenas 2004. Após orgulhar a torcida rubro-negra por ter um de seus jogadores na Copa do Mundo deste ano, o Furacão está trabalhando para que o atacante Dagoberto esteja na próxima Olimpíada.

Constantemente convocado para as seleções sub-20 e com suas apresentações empolgantes neste Campeonato Brasileiro, o clube aposta suas fichas no atleta, que já é considerado uma das maiores promessas do atual elenco.

A maior prova do potencial de Dagoberto foi dado nas primeiras rodadas do Brasileirão 2002. Contra o Bahia, marcou o gol que foi escolhido o mais bonito e anteontem na Arena (contra o Botafogo) marcou mais um que mostrou toda a sua inteligência e atenção. “Estamos mantendo um bom relacionamento com a CBF, liberamos o Dagoberto para o Torneio de Toulon (na França) e ele mostrou que tem potencial para estar na seleção”, elogiou o diretor-técnico Antônio Carlos Gomes.

Agora, segundo o dirigente, o próximo passo é trabalhar para que o jogador mantenha o rendimento e esteja apto a ser convocado para o pré-olímpico e para as Olimpíadas que serão disputadas na Grécia. Apesar dos planos ambiciosos e a longo prazo, o jogador mantém a serenidade e prefere pensar apenas no Atlético por enquanto.

“Por eu ser novo e eles terem uma mentalidade avançada já estão planejando o futuro, mas o meu pensamento é o Atlético e se surgir a seleção nós vamos para lá fazer um papel igual ao que eu já fiz”, aponta. E não foi pouco o que ele fez. Em Toulon, Dagoberto foi o destaque do time campeão, que só fez crescer seu prestígio na CBF. Apesar da recusa em disputar os amistosos no Oriente, o atacante não crê em prejuízo nas próximas listas. “Eu conversei com o Maculan (Alberto, diretor-superintendente) e ele falou que nos torneios oficiais eu vou estar dentro. Eu acho que o que importa no momento é o Atlético”.

Mesmo com o status de convocável, Dagoberto mantém a mesma rotina dos demais companheiros. “Todo mundo é igual aqui dentro, todo mundo tem o mesmo tratamento e eu não sou diferente de ninguém não”, dispara. A humildade não é apenas da boca para fora. Como bom menino, tem aceitado ficar no banco, apesar das boas atuações e do pedido da torcida. “Eu tenho a consciência de que na minha frente tem o Alex e tem o Kléber. Não tenho nem o que falar deles. Eu estou buscando o meu espaço a cada dia, mas sempre com respeito a eles, que são os titulares.”

Agora vão ser três jogos fora de casa

Com o astral elevado no CT do Caju, o Atlético se prepara para encarar uma maratona de três partidas fora de casa. A primeira da lista será contra o Santos na Vila Belmiro, depois Flamengo em local a ser definido e por último contra o Paraná no Couto Pereira.

Para o volante Cocito, a liderança alcançada pelo Furacão faz com que o time se torne mais analisado pelos adversários e isso pode prejudicar um pouco o desempenho nos próximos jogos. “Quanto mais o Atlético se mostra na competição, as coisas vão dificultando, já que os adversários vão nos estudando”, analisa. Contra o Santos, o técnico Valdyr Espinosa deverá manter a mesma formação. Com isso, o time se repetiria por três partidas seguidas. Hoje à tarde, ele comanda o coletivo apronto e já deve divulgar a escalação oficial para o primeiro desafio fora de casa.

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