Dagoberto está liberado e decide se começa jogando

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Atacante define entre hoje e amanhã o que é melhor para sua volta aos gramados.

"Se ele quiser entrar de início, eu o coloco de início." A frase é do técnico Antônio Lopes e deixa claro a situação do atacante Dagoberto. Após o treinamento de ontem, o artilheiro vai definir entre hoje e amanhã se é melhor iniciar o clássico ou ir entrando aos poucos no time para readquirir o ritmo necessário para o restante da temporada. Além dessa novidade, nas demais posições serão só reservas para enfrentar o Coritiba, às 18h10 de amanhã, na Arena.

"Ele treinou muito bem e pode entrar de início, mas vamos ver, vai depender dele. Ele fez um treino excepcional, começou no time reserva e depois eu o botei no time principal", aponta o treinador rubro-negro. Assim, fica por conta do jogador definir se encara sua volta ao gramado desde o primeiro minuto ou espera para entrar apenas na segunda etapa. "É uma boa contar com ele. É um jogador fora de série, espetacular, que desequilibra, mas é lógico que ele está voltando agora e a tendência é a gente colocar ele depois", explica.

Já o jogador prefere ser mais cauteloso antes de anunciar sua volta aos gramados. "Temos que conversar, não basta apenas eu querer voltar. Estou há nove meses parado e temos que ter calma acima de tudo. Temos mais dois dias para conversar", pondera Dagoberto. No entanto, ele garante estar confiante para poder jogar novamente sem temer nada em relação a sua lesão (rompimento dos ligamentos do joelho esquerdo). "A cada dia você adquire confiança, jogando, treinando, e é o que eu estou fazendo", diz.

Se a presença dele está mais certa para a segunda etapa, para o time que sai jogando o treinador mantém o mistério. O trabalho de ontem foi com portões fechados. Mas, pelo que deu para observar, o treinador mantém a base que atuou contra o Brasiliense, mas com algumas alterações.

O lateral-esquerdo passa a ser Marín, André Rocha substitui Ticão (suspenso), Evandro entra na meia e Ferreira e Fernandinho formarão a dupla de ataque. Assim, o time para enfrentar o Coxa terá Tiago Cardoso; Etto, Adriano, Paulo André e Marín; Marcus Winícius, André Rocha, Rodrigo e Evandro; Fernandinho e Ferreira.

Antônio Lopes não vê vantagem

Personagem principal do Atletiba de amanhã, o técnico Antônio Lopes volta a viver as emoções de um dos principais clássicos do país. Desta vez, no entanto, ele está do lado oposto. Depois de ter aberto "guerra" contra o Atlético nas finais do Campeonato Paranaense, ele mudou de lado e, em meio à disputa de uma final de Copa Libertadores, encara o Alviverde como se fosse um adversário qualquer.

"É tudo a mesma coisa. Não tem diferença nenhuma pelo fato de eu ter trabalhado lá", minimiza o Delegado. Segundo ele, o fato de conhecer bem o elenco e o estilo do Coritiba não lhe dará vantagem alguma. "Agora tem outro treinador, com filosofia de trabalho diferente e por isso não estamos pensando em levar vantagem nenhuma pelo fato de ter trabalhado lá", aponta.

O encontro de Lopes e Cuca, técnico do Coxa, coloca frente a frente comandante e ex-comandado. Os dois estiveram juntos no Santos: um como treinador e outro como jogador. "Eu não conheço o trabalho dele. Ele trabalhou como jogador, mas como treinador eu nunca vi o trabalho dele. Só tenho informações que se trata de um grande profissional, muito competente, jovem ainda e onde tem passado tem feito bons trabalhos", analisa.

De qualquer forma, o Pato Velho vai usar toda a sua experiência para deixar a cabeça dos jogadores pensando somente no clássico. "Agora nós estamos pensando no Atletiba, que é domingo. Lógico que estamos também voltados, com aqueles jogadores que não vão entrar nesse Atletiba, para a Libertadores. Mas, o pensamento maior está no clássico", diz o Delegado.

Sondagem

Ontem, o treinador atleticano desmentiu uma possível ida para o Vasco. Com a saída de Dário Lourenço, o clube carioca está à procura de um novo técnico e o comandante do Rubro-Negro é um dos primeiros da lista. Mas, Lopes garante que fica na Baixada. Ele também não confirmou a vinda de Isaías Tinoco para gerenciar o futebol do Atlético. "O clube tem gente competente nesse setor", finalizou.

Liberação das arquibancadas só amanhã

Carlos Simon

O torcedor só vai saber se poderá "estrear" as arquibancadas tubulares da Arena cerca de 8 horas antes do Atletiba. Isso mesmo: acontece amanhã, às 9 da manhã, a última vistoria oficial do espaço construído esta semana. Mesmo que liberadas, as arquibancadas só poderão acomodar 5 mil torcedores, e sem a presença de idosos, crianças e deficientes. O local será destinado à torcida do Atlético.

Na segunda vistoria da semana, ontem à tarde, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Federação Paranaense de Futebol listaram sete itens para o Atlético apresentar até a manhã, domingo (veja a relação). Se qualquer uma das condições não for atendida, o público que comprou ingresso para o setor será acomodado em outro local do estádio, sem pagamento adicional. Como foram colocados à venda somente 15 mil ingressos nos setores normais da Arena, o estádio não receberá superlotação.

O Atlético garante que cumprirá as exigências do Estatuto do Torcedor em tempo hábil. A instalação de banheiros químicos e sete quiosques de alimentação, por exemplo, será feita apenas no domingo porque estes aparatos são alugados por dia.

A torcida do Coritiba ocupará o tradicional setor com acesso pela Rua Madre Maria dos Anjos – descontado o espaço onde foi erguida a nova estrutura, praticamente o mesmo que anteriormente já era interditado pela falta de visibilidade. Os atleticanos chegarão às tubulares pela Rua Buenos Aires, onde já foram instaladas catracas.

Mas há um item que desde já não é cumprido. A comissão de vistoria determinou que o Atlético ofereça um desconto pelo desconforto da arquibancada tubular em relação ao restante do estádio. O ingresso para aquele setor, entretanto, está à venda por R$ 30,00 – mesmo preço das cadeiras inferiores da Avenida Getúlio Vargas.

Diretoria não aceita "esmola"

A disputa entre Atlético e São Paulo continua, apesar do adversário do time da Baixada, amanhã, ser o Coritiba e não o clube paulista. Nos bastidores, os dirigentes rubro-negros tentam conseguir mais ingressos para seus torcedores e ameaçam até a não aceitar nenhuma cota e abrir a Arena para a torcida assistir à decisão pela televisão. Os dirigentes do Tricolor, no entanto, dizem apenas que estão sendo recíprocos no tratamento recebido na partida de ida.

Segundo a Tribuna apurou, um funcionário do São Paulo telefonou para a Arena para oferecer apenas mil bilhetes. A carga inicial para o visitante, que era de 7,5 mil e já havia baixado para 2 mil, segundo divulgado pela imprensa paulista, passou para mil e revoltou a diretoria atleticana. Diante dessa "esmola", como estaria sendo tratado o Rubro-Negro, a decisão foi de negar essa quantidade e abrir mão da presença de qualquer torcedor no Morumbi.

O jornal tentou um contato com os dirigentes do Furacão, mas os telefonemas não foram atendidos. Em nota oficial, o clube diz que está tentando conseguir mais ingressos. A saída para o caso do time paulista não liberar a quantidade solicitada pelo Atlético é abrir a Arena e dispor de vários telões para os torcedores acompanharem a partida reunidos no estádio.

De acordo com o superintendente do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, serão destinados, num primeiro momento, mil e depois mais mil ingressos para o Atlético. "Não deve passar muito disso. O São Paulo teve uma dificuldade imensa com os ingressos no primeiro jogo", apontou o dirigente. Segundo ele, o Rubro-Negro terá o tratamento que merece na partida de quinta-feira. "Não vamos dar nenhum tratamento indevido ao Atlético. Sempre na reciprocidade", destacou.

Ele voltou a disparar contra a postura da diretoria do Rubro-Negro nessas finais. "O Atlético é extremamente profissional quando quer falar, mas nas atitudes é bem diferente", alfinetou Cunha.

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