O tão sonhado retorno à Série A foi mais uma vez a adiado. O técnico Dado Cavalcanti, que se despede oficialmente neste sábado, porém, quebrou algumas marcas à frente do Paraná Clube. Após sete temporadas, o clube passou por toda Série B sem trocar o seu comando técnico. A última vez que isso ocorrera foi em 2006, quando Caio Júnior comandou o Tricolor ao longo de 38 rodadas da Primeira Divisão e conduziu a equipe a uma inédita classificação à Libertadores da América.

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A manutenção de Dado Cavalcanti durante toda a Série B, mesmo com momentos de queda vertiginosa, comprova a diretriz do presidente Rubens Bohlen e de sua diretoria. Ao longo da atual gestão, o Paraná teve apenas três treinadores e somente um deles (Toninho Cecílio) foi demitido. Ricardinho, no ano passado, pediu para sair quando percebeu que não conseguiria levar o Tricolor a uma briga direta pelo acesso no Brasileiro. Antes disso, já havia cumprido parte da missão, recolocando o clube na elite do futebol paranaense.

Agora, foi a vez de Dado Cavalcanti decidir pela não renovação de seu vínculo, entendendo que seu ciclo terminou, após pouco mais de seis meses de trabalho. Neste período, Dado atingiu algumas marcas significativas. Foi sob a sua direção que o Paraná fez o seu melhor turno desde o rebaixamento, em 2007. Foram 36 pontos, com um 3.º lugar que deu ao Tricolor status de favorito ao acesso. Situação não sustentada ao longo do returno. Mesmo assim, o time de Dado fechará o ano com o melhor aproveitamento em uma Série B. Isso, é claro, considerando apenas as disputas por pontos corridos, já que o clube foi campeão da Segundona em 1992 e 2000.

Até aqui, são 54 pontos, num desempenho de 48,65%. Em números absolutos, é a melhor campanha do clube, que jamais havia superado os 53 pontos. Porém, o Paraná foi 7.º em 2010 (justamente com 53 pontos) e para chegar a essa colocação o time precisa vencer o Icasa e torcer por tropeços de Joinville e América-MG. Se vencer, Dado fechará sua participação nesta Série B com exatos 50% de aproveitamento.

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Mesmo com novo triunfo, o treinador não conseguirá chegar aos melhores desempenhos de treinadores que comandaram o Paraná nesta Série B. Roberto Cavalo, que dirigiu a equipe em 2009 e 2010 (total de 27 jogos) tem um rendimento de 56,79%, contra 51,28% de Sérgio Soares (2009) e Toninho Cecílio (2012). Apesar dos números desses técnicos, é inegável que nenhum deles conseguiu alçar o Tricolor à condição de favorito ao acesso. E, talvez por isso, nunca o sentimento de frustração esteve tão latente dentro de Vila Capanema.