O Paraná Clube, ao longo de sua história, conviveu com vários perfis de treinadores. Nem mesmo as recentes dificuldades financeiras tiraram do clube o status de vitrine para técnicos emergentes. Nas temporadas recentes, porém, a falta de planejamento resultou num entra e sai de treinadores, com reflexos em campanhas irregulares ao longo da Série B. Pelo sexto ano seguido fora da elite nacional, o Tricolor inicia hoje uma nova etapa, sob o comando de Dado Cavalcanti, o 14.º treinador a comandar o clube neste período de Segundona.

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O sucessor de Toninho Cecílio irá se deparar com um elenco numeroso, mas que ainda precisa ser depurado. O grupo que disputou o Campeonato Paranaense sofreu apenas uma baixa: o volante Zé Luís, que decidiu se aposentar aos 34 anos. Outros nove reforços já foram contratados e a expectativa é de que pelo menos mais seis novos jogadores se apresentem nos próximos dias, entre eles três jogadores do Mogi Mirim (Roniery, Roni e Carlos Alberto) ex-clube de Dado Cavalcanti.

A diretoria paranista, porém, rechaça a famigerada “lista de dispensas”, mesmo admitindo que adequações serão necessárias. “Poderemos emprestar alguns atletas. Mas não é nossa ideia dispensar ninguém”, assegurou o gerente de futebol Alex Brasil. O direcionamento destes ajustes, agora, será definido em reuniões com Cavalcanti. “Primeiro, o Dado precisa ter um conhecimento mais apurado do clube. Já temos as nossas avaliações, mas ele certamente irá participar deste processo”, confirmou Brasil, que até ontem já havia tido duas reuniões (de aproximadamente cinco horas cada) com o treinador.

Com pouco mais de duas semanas para o início da Série B, este trabalho terá que ser rápido e eficaz. Na prática, Dado Cavalcanti terá pouco tempo para impor ideias e seu perfil tático. Depois que a bola rolar, no dia 25 de maio, a tabela programa seis rodadas consecutivas sem nenhuma folga. “Vejo uma grande mobilização de todos no sentido de buscarmos o principal objetivo do ano. Subir é tratado como obrigação por todos nós”, afirmou Alex Brasil. Para este desafio, o clube foi buscar um técnico que tem tido ótimo desempenho em competições por pontos corridos.

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No ano passado, Dado Cavalvanti por pouco não promoveu o Luverdense-MT para a Série B.