Dado Cavalcanti sai pela porta da frente do Tricolor

Dado Cavalcanti deixa o Paraná Clube pela porta da frente. Ético, optou por cumprir seu contrato até o final e, por conta disso, estará no comando do time amanhã, contra o Icasa. “Acho que em alguns momentos fui mais do que treinador. Quem olhar lá atrás, vai ver isso. Abraçando sempre a causa, me expus além do normal”, recordou o técnico, que chegou a fazer um apelo público por ajuda, quando o Tricolor começou a apresentar dificuldades para pagar salários.

 

Situações como essa – e a queda de rendimento no returno – provocaram um desgaste que culminou com a sua decisão de não renovar. “A questão financeira atrapalha e influenciou minha decisão”, admitiu Dado, que ao longo da Série B foi assediado inúmeras vezes, mas sempre optou por dar continuidade ao trabalho. “Agora, é diferente. A competição terminou e inicia-se uma nova etapa para todos. Tomei a decisão de anunciar a saída para dar tempo à diretoria de buscar um substituto”, afirmou.

 

Dado não consegue disfarçar a frustração por não ter conquistado o acesso. “Aprendemos algumas lições. A competição tem 38 rodadas. É longa. Estivemos no G4 por vinte rodadas, mas falhamos no final”, reconheceu. Na sua avaliação, circunstâncias do futebol (lesões, suspensões e um calendário muitas vezes apertado) impediram que ele conseguisse “reinventar” o Paraná para a segunda metade da competição, como pretendia. “Fizemos um turno sensacional, mas ficamos previsíveis e não consegui mudar esse quadro”, completou.

Apesar disso, Dado garante que irá levar lembranças positivas do Paraná Clube. “Alguns momentos são inesquecíveis, como aquela recepção no aeroporto, a festa da torcida em tantos jogos e aquela partida ótima que fizemos contra o Sport, na Vila Capanema”, arrematou. (IC)

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