Os serviços secretos franceses alertaram sobre a possibilidade de atos terroristas durante a passagem por Mali do rali Lisboa-Dacar.

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O jornal Le Monde informa que a espionagem francesa comunicou às autoridades suas suspeitas de que o Grupo Salafista para a Pregação e Combate (GSPC) poderia realizar atos como o seqüestro de algum dos participantes da corrida, sejam pilotos ou membros da organização.

Segundo os franceses, o GSPC atua na região de Nema, através de ações como o tráfico de armas. Em função da falta de segurança, a espionagem sugere a anulação das etapas previstas em Mali.

A organização do rali apresentará o traçado com os detalhes concretos das etapas, que começarão na capital portuguesa, no início de janeiro, e terminarão três semanas depois nas praias de Dacar.

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Em janeiro de 2004, os organizadores da corrida decidiram cancelar duas etapas com saída em Nema e em Mopti, por temor de acontecerem roubos e atentados. Também nessa ocasião, o serviço secreto francês alertou sobre a possibilidade de ações violentas.

Em entrevista ao Le Monde, o diretor da prova, Etienne Lavigne, assegura que não recebeu informações por parte das autoridades francesas até o momento.

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?O dispositivo de segurança é bom em Mali e não nos aventuramos no norte do país. Para anular essas etapas, é necessário que nos dêem argumentos precisos?, assinala o responsável pela corrida.

A publicação assegura que o GSPC, herdeiro do Grupo Armado Islâmico (GIA), possui entre 500 e 800 ativistas, sendo um elemento de preocupação para a espionagem francesa.