Pode ser o início do fim. O Coritiba recebe nas próximas horas a presença de Paulinho McLaren. Na sua época um dos maiores artilheiros do País (jogando por Santos e Portuguesa), Paulinho agora é procurador – e cuida dos interesses do atacante Da Silva, que tem seu contrato com o Cori se encerrando no dia 31 de dezembro. Será uma negociação complicada.

Da Silva está no Coritiba desde a metade de 2000, quando foi trocado pelo atacante Cléber (em um negócio que também envolveu o empréstimo de Alexandre, hoje no Atlético-MG). Na Copa João Havelange, ele foi um dos poucos destaques do Cori, que fez má campanha. Isso fez com que ele se firmasse como titular – e com o apoio da torcida, que o transformou em ídolo. Apostando nisso, a diretoria fez com ele um contrato de longo prazo, justamente esse que está terminando agora.

Mas o ano seguinte de Da Silva não foi dos melhores. Principalmente o primeiro semestre, quando foi relegado ao banco de reservas pelo então técnico Ivo Wortmann. Sentindo-se desprestigiado, o atacante acabou sendo emprestado para o Goiás, para a disputa do campeonato brasileiro. Por uma dessas influências do destino, foi ele quem sepultou as chances do Coritiba no brasileiro do ano passado, marcando os dois gols da vitória do Goiás.

O retorno dele foi um dos pedidos do técnico Joel Santana à diretoria, que prontamente o chamou. Mas a irregularidade da equipe afetou Da Silva, que em mesmo sendo o jogador que em mais partidas ficou como titular no ataque, não conseguiu reeditar boas atuações. Durante o campeonato brasileiro, ele acumulou lesões e perdeu com isso o ritmo do jogo. “Ele precisa estar sempre jogando, porque se ficar fora uma partida demora um tempo para voltar ao ritmo normal”, confidencia um ex-técnico do Coritiba.

É com esse panorama que Paulinho McLaren chega. “Nós o estamos aguardando para ver qual é a pretensão dele”, afirma o secretário Domingos Moro. A diretoria coxa não confirma, mas o pensamento é renovar o contrato do atacante para, quem sabe, negociá-lo com outra equipe. O objetivo seria incluí-lo em alguma troca ou mesmo vendê-lo em definitivo. Pelo lado do jogador, Paulinho garante que é chegada a hora de Da Silva ser valorizado. Isso significa ou um reajuste de salário (que seria improvável, pela situação complicada por que passa o clube) ou quem sabe a saída, que aconteceria da forma mais prosaica possível – ao término do contrato, Da Silva ficaria livre para negociar com qualquer outra equipe.

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