No dia 4 de junho, aconteceu a 3.ª Regata do Campeonato Estadual de Remo do Estado do Rio de Janeiro na Lagoa Rodrigo de Freitas. Entre os vencedores está um curitibano: Júnior Ongaro, de 25 anos, que pratica remo adaptado há cerca de 1 ano. Júnior, que é cadeirante, representou o Clube Botafogo na prova de 500m e venceu com facilidade.
A Liga de Remo do Paraná, onde o atleta treina, possui equipamento que facilita a prática para portadores de necessidades especiais. O Paraná saiu na frente nesse assunto. "Aqui no nosso clube elaboramos alguns equipamentos para que todos possam praticar remo. No caso do Júnior, mandamos fazer dois flutuadores para que o barco fique estabilizado e o Júnior se sinta mais seguro para remar. Foi a primeira participação dessa categoria no Rio de Janeiro, e uma ótima oportunidade para trocarmos experiências com os clubes cariocas. Estamos programando para o segundo semestre uma regata para para-atletas aqui em Curitiba", afirma Marli Luísa, vice-presidente da Liga de Remo do Paraná.
No Brasil existem aproximadamente 10 estados com representantes na categoria de remo adaptado. No Paraná, os portadores de deficiência física, mental e visual são atendidos em um programa social da Liga de Remo com sede no Parque Iguaçu. Os para-atletas recebem instruções e acompanhamento técnico para praticar o remo.
Os clubes brasileiros estão solicitando junto a Confederação Brasileira de Remo mudanças nas regras que definem as modalidades a serem incluídas em prova de apresentação no Para-Pan-americano no Rio de Janeiro.
Em Curitiba, a Liga de Remo possui, há cerca de cinco anos, projetos sociais para os portadores de necessidades especiais coordenado por Kalil Boabaid, que foi o idealizador dessa proposta e também para crianças em situação de risco, projeto mantido pela Fundação Amenor Audi Volkswagen onde recebem reforço escolar, alimentação e instruções para praticar remo. Em todo esse tempo mais de 50 atletas já foram atendidos pelos projetos na raia do Parque Iguaçu.
