Correu sozinho

Curitibano conclui maratona extrema na Noruega: 42 km a menos 15 graus

Temperatura extrema, escuridão e uma surpresa. O maratonista de extremos de Curitiba Marcelo Alves acaba de completar a maratona da Noite Polar, em Svalbard, na Noruega. Na última sexta-feira (22) ele percorreu 42 quilômetros sob uma temperatura de menos 15 graus no tempo de seis horas e quarenta minutos. De forma inédita na história das maratonas, Marcelo correu solitariamente o trajeto, acompanhado apenas de uma equipe de apoio, que seguiu de snowmobile.

Durante o desafio nas terras geladas habitadas por ursos polares, o corredor foi contemplado pela aparição da aurora boreal, fenômeno natural comum nesta época do ano na região, onde é noite 24 horas no inverno. “Eu nunca pensei que eu teria a chance de correr com esta paisagem surreal e quando vi a aurora, eu não sabia se eu continuava correndo ou parava para olhar. Foi incrível.”

Ele tornou-se o primeiro homem a correr uma maratona sozinho no meio do inverno (escuro 24 horas) em Svalbard, somando o feito a outros tantos de sua galeria de sucessos. Marcelo corre há oito anos e já participou das maratonas mais difíceis do planeta como a Jungle Marathon e Antartic Ice Marathon. Ele foi convidado a participar do desafio polar após se tornar o primeiro sul-americano a participar do World Marathon Challenge, em 2015 (sete maratonas, em sete continentes, em sete dias consecutivos). Foi após a conclusão da WMC que o aventureiro foi convidado por uma produtora norueguesa a participar da maratona polar.

Svalbard, ou Esvalbarda, é um arquipélago norueguês com população aproximada de 2,5 mil pessoas e é o ponto habitado da Terra mais próximo do Pólo Norte. Devido a sua elevada latitude, Svalbard está na região em que se observa o fenômeno do Sol da Meia-noite ou Aurora Boreal, quase seis meses com o sol brilhando no céu e os outros meses com noite absoluta.

Como acontece em todas as maratonas, Marcelo ultrapassou a linha de chegada com a bandeira da campanha de doação de medula óssea, uma causa que faz questão de carregar desde seu primeiro desafio extremo, na Antárctica. O cinegrafista Yuri Maranhão acompanhou o maratonista e colheu imagens que darão origem a um documentário.

Neste desafio, Marcelo contou com o patrocínio da Itaipu Binacional e da Overstress.

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