Curitiba vira laboratório da Stock Car

Os carros da Stock Car, que neste final de semana retornam a Curitiba, para a disputa da quinta etapa da temporada 2005, que correrão ao lado da argentina TC2000, mostrarão um novo aparato aerodinâmico na prova de domingo às 13h. Com o objetivo de agradar aos torcedores que comparecem às arquibancadas e aos fãs que acompanham as corridas pela televisão, foi criado um apêndice aerodinâmico para ser aplicado sobre o teto tanto dos Astra quanto dos Lancer. O defletor será colocado para testar a eficiência do aumento de vácuo na traseira dos carros, fator que auxilia nas ultrapassagens.

"O objetivo é trabalhar para fornecer o melhor espetáculo possível aos torcedores da Stock Car. Quando recebi a sugestão fiz uma reunião com os pilotos. Na verdade, ainda não temos certeza se isto proporcionará o efeito desejado, ou seja, aumentar o vácuo e facilitar as ultrapassagens, mas houve consenso de que a única maneira de sabermos seria experimentarmos numa competição", disse Carlos Col, presidente da Vicar, promotora e organizadora do Brasileiro de Stock Car.

A sugestão de se colocar o defletor foi de Christian Fittipaldi, que trouxe a idéia da Nascar. O aparato já foi utilizado pelo próprio Christian na Nascar. Numa reunião para discutir sobre a largada lançada, ele explicou para Ingo Hoffmann, Raul Boesel, Chico Serra e Duda Pamplona que o defletor cria uma turbulência maior na traseira do carro e aumenta a esteira de ar, onde se forma o vácuo. Com isso, cresce o espaço de vácuo na traseira do carro, o que deve facilitar as ultrapassagens.

"Independentemente de o carro estar sozinho ou não na pista, o defletor deve comprometer a velocidade final dos Stock Car", disse Col.

Os defletores, que serão transparentes, acompanham a curvatura do teto dos carros e têm altura variando entre um mínimo de 5 cm e um máximo de 7 cm, e foram aprovados pelo GT (Grupo de Trabalho), composto por chefes de seis equipes da Stock Car, e aprovado para teste.

Assim que ficou pronto, o protótipo foi apresentado a Nestor Valduga, presidente do CTDN (Conselho Técnico Desportivo Nacional) e aprovado como obrigatório no regulamento particular da prova de Curitiba.

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