Dever cumprido

Curitiba teve figuras essenciais para receber a Copa do Mundo

Um engenheiro e um profissional de comunicação. Unidos, o secretário municipal da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro, e o coordenador-geral estadual para assuntos do Mundial, Mário Celso Cunha, foram a base de sustentação da maior competição de futebol do mundo em Curitiba. Depois de a capital paranaense ser ameaçada pela Fifa de deixar de ser uma das sedes do torneio por causa da demora da conclusão da Arena da Baixada, no início deste ano, a intervenção na obra do estádio não apenas dos poderes estadual e municipal, mas também do Comitê Organizador Local (COL) e da Fifa, foram fundamentais para que Curitiba permanecesse na rota da Copa.

Apesar de algumas diferenças políticas entre Governo do Estado e Prefeitura de Curitiba, os interesses foram deixados de lado para que a capital paranaense passasse de patinho feio a um belo cisne da Copa do Mundo do Brasil. “A minha amizade com o Reginaldo vem de anos. E isso ajudou muito. A união foi fundamental para recuperarmos a imagem de Curitiba e conseguimos fazer isso. O sentimento agora é de dever cumprido”, destacou Cunha.

“Acho que o legado que deixará para a cidade de Curitiba está acima de qualquer interesse político. Colocamos Curitiba aonde ela merece estar”, emendou Cordeiro.

Momento crítico

O risco de Curitiba ser excluída mexeu muito com os ânimos. Na última semana de janeiro, Reginaldo Cordeiro e Mário Celso Cunha, acompanhados do presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, receberam um ultimato da Fifa para que houvesse uma garantia que a obra ficasse pronta a tempo.

Segundo Cunha, Jérôme Valcke veio a Curitiba disposto a anunciar a exclusão da sede do Mundial. “Ele já tinha definido que Curitiba estava fora da Copa do Mundo. Foi quando o Luís Fernandes, secretário-executivo do COL, nos procurou e nos propôs adotar três pontos básicos para a continuidade da obra. Agradecemos muito a ele, que acabou nos ajudando a convencer o Jérôme a nos dar mais uma chance. Agora a tranquilidade é bem maior, mas temos muito trabalho pela frente até o final da Copa”, admitiu.

A partir daí, foi solicitado que uma comissão com membros da Prefeitura de Curitiba, do Governo do Estado, do COL e da Fifa, fizesse uma intervenção na obra para atuar ao lado da CAP S/A. Além disso, pediram que mais operários passassem a atuar no canteiro de obras e que o valor final fosse definido para que o repasse de novos recursos fossem realizados. Os repasses começaram a ser feitos somente em janeiro de 2013 e, segundo Cordeiro, o estádio foi preparado para a Copa em praticamente 16 meses.

“A imagem de Curitiba está restabelecida. Nunca deixamos de ser exemplo internacional. Passamos momentos difíceis, mas hoje só ouvimos elogios. Houve uma dificuldade na gestão da Arena, mas conseguimos corrigir a tempo e manter a cidade como sede da Copa do Mundo”, comemorou Mário Celso Cunha.

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