Depois de uma reunião na última quarta-feira, realizada na sede da CBF, no Rio de Janeiro, e que contou com as presenças do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, do governador do estado, Orlando Pessuti, e do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, parecia que finalmente o projeto da capital paranaense para sediar a Copa de 2014 saíria do papel.

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Não foi bem isso que aconteceu. O BNDES não aceitou o Potencial Construtivo para liberar cerca de R$ 100 milhões de reais para financiar as obras de conclusão da Arena da Baixada, já que o Atlético mantém a postura de se não endividar para reformar o estádio de acordo com os encargos da Fifa. Com isso, é preciso que a construtora responsável pela obra apresente as garantias ao banco, para que o dinheiro seja liberado.

Se não bastasse isso, Teixeira não ficou nada satisfeito com a enrolação para resolver o impasse financeiro do estádio curitibano e deu um ultimato à cidade: ou o Atlético participa mais ativamente da solução deste problema ou a Arena da Baixada terá o mesmo destino do Morumbi e será oficialmente cortada do Mundial. Este recado será repassado ao Furacão pelo comitê paranaense para Copa de 2014.

De acordo com o jornal Gazeta do Povo, duas reuniões, marcadas para hoje e para o dia 09, serão decisivas para definir o rumo da Arena da Baixada. No encontro de hoje, Ducci e Pessuti buscarão outra maneira de arrecadar a verba necessária para concluir o estádio. Já na próxima segunda-feira, a nova proposta será apresentada à diretoria rubro-negra, que dirá se aceita ou não. A tendência é que a nova solução seja baseada no Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) do estado.

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Plano B

Enquanto a situação da Arena segue indefinida, o Comitê Organizador Local da Copa de 2014 (COL), segue se movimentando em busca de um plano B para não perder uma sub-sede do Mundial. Se nada der certo em Curitiba, os jogos do torneio devem ser transferidos para outra cidade, como Belém e Goiânia, que tem estádios públicos, ou até Florianópolis, que segue tocando o a reforma da Ressacada e mantém a CBF constantemente informada sobre o assunto.

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Estas cidades têm se organizando nos bastidores, e caso Curitiba seja cortada da Copa, elas já teriam projetos e viabilidade financeira garantidas. São Paulo é outra cidade que corre risco, pois ainda não tem estádio definido, mas devido a sua importância no cenário nacional, dificilmente seria cortada do Mundial.

De acordo com o portal Lancenet!, não há um prazo para definir se Curitiba será excluída ou não, mas há todo um jogo político por trás que pode levar a este fim. O que não tem agradado à CBF é a postura do Atlético de não se mexer para ajudar na solução do problema. No entanto, o que tem segurado a capital paranaense é o baixo custo da obra da Arena da Baixada, o estádio mais avançado entre os doze selecionados para o Mundial, afinal já está 70% concluído.

O que já foi definido, tanto para Curitiba, como para São Paulo e as demais sedes é que até dezembro de 2010 todas as obras precisam ter começado. Quem não cumprir estará fora do Mundial e o COL lançará mão de um plano B. No caso da capital paranaense, os jogos poderiam ser transferidos para Florianópolis, onde a Ressacada vem passando por uma grande reforma, que ampliará a capacidade do estádio para 40 mil pessoas.

Além disso, a capital catarinense já tem em andamento algumas obras de duplicação viária no entorno do estádio. Tudo para tentar “roubar” a Copa de uma das sub-sedes com problemas. A projeção é que a reforma na Ressacada termine até dezembro de 2012, isto é, à tempo de Florianópolis receber o Mundial e até mesmo a Copa das Confederações em 2013.

O Lancenet! informa ainda que até Belém tem mantido contato com o COL e trabalhando debaixo dos panos. O governo do Pará enviou aos organizadores da Copa, um documento em que se coloca à disposição para receber jogos do Mundial e onde detalha o andamento das obras na cidade. “O Pará é um dos estados com maior capacidade de endividamento. Além disso, contamos com interesse de diversos investidores, inclusive de estrangeiros”, disse uma fonte ligada ao governo deste estado.

De qualquer forma, é preciso que os governantes do Paraná e os dirigentes do Atlético se unam e busquem a solução para a Arena o mais rápido possível, já que a construção de um novo estádio na cidade já foi descartada pelo alto custo se comparado com os R$ 138 milhões necessários para Baixada. Isso antes que Curitiba seja descartada da Copa.