O Campeonato Mundial de Turismo da FIA (WTCC), que começa neste final de semana, em Curitiba, quer reforçar nesta temporada as características que mais atraíram o público nos primeiros dois anos da categoria.
A união entre pilotos conhecidos, carros semelhantes aos vistos nas ruas e extrema competitividade vai continuar. Tudo a serviço de um campeonato atrativo para quem assiste pela TV ou vai aos autódromos.
Para os brasileiros, que são muito ligados à Fórmula 1, o WTCC serve como ?revival? de alguns pilotos que marcaram presença na principal categoria do automobilismo mundial. Alguns já vieram a Curitiba no ano passado, como Nicola Larini (Chevrolet) e Gabriele Tarquini (Seat). A estrela é Alessandro Zanardi (BMW), que também é um exemplo de superação, ele perdeu as duas pernas em um acidente quando disputava a Fórmula Indy (hoje Champ Car).
A novidade entre os pilotos ?ex-Fórmula 1? foi anunciada ontem pela equipe oficial da Seat. Tiago Monteiro, que estava na Spyker ano passado, deixa os monopostos e passa para os carros de turismo. Sua estréia está marcada para a etapa de Zandvoort, na Holanda, em 6 de maio. ?Estou muito feliz com o acerto. Vou participar de uma competição internacional, e que ganha importância a cada temporada?, afirmou o piloto português, de 30 anos.
Mas, apesar de serem os mais conhecidos, os egressos da F1 não levam vantagem sobre os adversários no WTCC. Ao contrário, eles sofrem com a adaptação e têm dificuldade para encarar os especialistas em carros de turismo, como o bicampeão Andy Prilaux, o alemão Jörg Muller e o curitibano Augusto Farfus Júnior, um dos que disputou as temporadas do Mundial de Turismo e também do campeonato que o antecedeu, o Europeu de Carros de Turismo (ETCC).
Para tentar melhorar a competitividade e não ter só carros andando juntos, mas também aumentando as ultrapassagens -, a FIA decidiu promover alterações no regulamento. A mais concreta é a adoção da largada lançada, semelhante à Nascar e à Champ Car. A medida visa aumentar a emoção das provas.
Quanto aos carros, eles permanecem tendo o mínimo de preparação necessária para entrar na pista. A intenção da FIA e dos organizadores do WTCC é manter o visual o mais fiel possível, permitindo que os torcedores sempre lembrem que o carro que está nos autódromos é o mesmo que pode estar na garagem claro que, na Europa, pois as versões da competição são de lá, e não brasileiras.