O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), descartou a extinção da Agência Executora das Obras da Copa do Mundo (Agecopa) e a criação de uma secretaria especial para cuidar das obras de mobilidade urbana e da arena multiuso onde serão realizados os jogos da competição em 2014. A proposta foi apresentada na Assembleia Legislativa na semana passada pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR), que mudou de opinião e agora propõe apenas mudanças no modelo de gestão colegiado da autarquia, que administra um orçamento anual de R$ 250 milhões, previsto para os próximos três anos.

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Em meio às críticas no meio político sobre atraso nas obras e falta de “hierarquia e subordinação” no modelo colegiado na Agecopa, que tem seis diretorias, Silval Barbosa afirmou que a autarquia desde a fundação sempre esteve vinculada diretamente ao gabinete do governador. Ele diz que está aberto a discutir mudanças para aperfeiçoar de gestão da Agecopa.

O governador enfatizou que as obras estão rigorosamente dentro dos prazos contratados. “As obras estão dentro do cronograma que estabelecemos e adiantadas em relação ao pactuado com a Federação Internacional de Futebol (Fifa)”. Ele cita o caso da arena multiuso. Pelo compromisso assinado com a Fifa, o governo tem que entregar em junho de 2014, mas o contrato assinado com a empreiteira prevê entrega em dezembro de 2012.

Um dos argumentos utilizados por Silval Barbosa para convencer o deputado Emanuel Pinheiro a voltar atrás na proposta inicial diz respeito aos convênios no valor de R$ 500 milhões que a Agecopa firmou com a Caixa Econômica Federal, que poderiam ser anulados caso a autarquia fosse extinta. A nova proposta de Pinheiro apresentada na Assembleia Legislativa propõe o fim do sistema colegiado e a criação do cargo de presidente da Agecopa, que irá se reportar diretamente ao governador. As diretorias permanecem, mas como executivas e não deliberativas.

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