Robson precisou de apenas 10 minutos para ganhar a posição do colombiano Molina no treino técnico desta quarta-feira (11) e se tornar a principal novidade do Santos que enfrenta o Fluminense nesta quinta-feira, às 20h30, no Maracanã, pela sexta rodada do Brasileiro. É a única mudança de ordem técnica das cinco que o técnico Cuca vai fazer em relação ao time que perdeu para o Vitória no último domingo.
Além do garoto que chegou do Mogi Mirim, entram no time Fabão na zaga, no lugar do suspenso Domingos; Carlinhos na lateral-esquerda, na vaga de Kléber, que está na seleção; Marcinho Guerreiro no meio, depois de cumprir suspensão, retomando o lugar ocupado por Rodrigo Tabata; e Lima no ataque, já que Wesley foi expulso em Salvador.
Cuca inicialmente pretendia preservar Robson, que até mudou de nome ao chegar à Vila – era conhecido como "Robinho" no interior paulista, onde trabalhou com o ex-zagueiro santista Argel, mas preferiu evitar comparações com o original. Mas foi convencido pela boa atuação do jogador. "O menino se movimentou bastante e fez o gol da vitória dos reservas, nos minutos iniciais do treino. Depois entrou bem no time de cima. É um jogador que tem velocidade e que sai bem para os lados", afirmou Cuca, que se convenceu a escalar o jogador por causa da má fase de Tabata e Molina.
Robson, de 20 anos, foi dispensado pelo Internacional por ser baixo demais (1m70) para o padrão do futebol gaúcho, e passou depois por vários clubes, inclusive o Cruzeiro. Na Série A-2 do Paulista, marcou nove gols e foi um dos principais responsáveis pelo acesso do Mogi à primeira divisão do Paulista. "Chego para fazer parte do grupo, mas tenho condições para disputar a posição com Molina e Tabata e, se for preciso, posso jogar ao lado de Kléber Pereira na frente", disse o jogador.
O jogo desta quinta-feira será o de número 300 de Fábio Costa com a camisa santista, e também o primeiro do time sob o comando de Cuca contra uma equipe do Rio, três semanas depois de ele ter deixado o Botafogo. O novo treinador santista é, ao mesmo tempo, admirador e maior carrasco do Fluminense neste ano: dirigindo o Botafogo, venceu as três partidas contra o time de Renato Gaúcho.
"Gosto do Flu. É um time simpático e bem treinado por Renato. Como é uma equipe que joga, acredito que vai dar uma boa partida Sem contar que gosto de jogar no Maracanã e estou procurando passar isso aos jogadores", disse Cuca, que, a rigor, conhece melhor o adversário do que o seu próprio time.
Um dos desafios de Cuca tem sido recuperar o moral dos jogadores, que ainda sentem os efeitos da eliminação na Libertadores e dos resultados negativos no início do Campeonato Brasileiro. "O que está acontecendo não me apavora porque é provisório. O Santos vai chegar entre os primeiros no Brasileiro", promete Cuca, que a todo instante procura passar otimismo aos jogadores. "Disse a eles que não quero ver ninguém com a cara enfiada na areia".
Com base nos erros que a equipe apresentou na derrota diante do Vitória, em Salvador, ele parou o treino várias vezes para orientar a colocação dos jogadores em campo e alertou para uma das principais armas do adversário: o bom aproveitamento nas bolas altas. "O Fluminense tem bons cabeceadores. É preciso ter atenção com Luiz Alberto, Washington e Roger nas cobranças de escanteios e faltas". Mas disse que o Santos já será diferente e não vai ficar assistindo ao Fluminense jogar. "Queremos a vitória", concluiu Cuca.
Santos – Fábio Costa, Betão, Fabão, Marcelo e Carlinhos, Marcinho Guerreiro, Rodrigo Souto, Adriano e Róbson, Lima e Kléber Pereira. Técnico: Cuca.