O técnico Muricy Ramalho ficou estigmatizado pelo “Muricybol”, estilo de jogo que tem como principal característica os cruzamentos na área em diversas situações. A maneira com que o líder Palmeiras venceu algumas partidas no Campeonato Brasileiro rendeu comparações. Após derrotar o Coritiba, neste sábado, por 2 a 1, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, Cuca decidiu desabafar.

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O segundo gol foi responsável pela reação do treinador. Em uma jogada ensaiada em cobrança de falta, Egídio tocou para Moisés, que lançou Róger Guedes na área pela direita. O atacante rolou para trás e o zagueiro colombiano Mina marcou.

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“Será que vão falar que é ‘Cucabol’?”, questionou Cuca. “Ninguém gosta de ouvir coisas assim. Vamos ver se a jogada ensaiada vai passar em branco, não tem problema. O que importa é que o Palmeiras ganhou para gosto de um, desgosto de outros”, continuou.

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O treinador fez questão de defender a jogada na cobrança lateral. Moisés é sempre o responsável por arremessar a bola na área. “A gente criou a jogada de lateral na área porque as dimensões diminuíram, porque temos um cobrador e porque temos jogadores altos e bons para isso. Acho que as pessoas tinham que ter um pouco mais de respeito com a gente”, desabafou.

Em relação ao jogo, o técnico afirmou que o Palmeiras poderia ter matado o jogo antes de sofrer o gol. “No segundo tempo, o nosso time cresceu, criou e fez gols, mas poderia ter feito outros. Aí vem um descuido, uma única vez que o Coritiba finalizou chegou ao 2 a 1 e aí vira outro jogo. Perdemos a chance de ter matado o jogo”, alertou.

“Mas a gente fica feliz porque vencemos, jogamos bem dentro do que foi o jogo. Até demoramos um pouco na conversa (do intervalo) para os jogadores entenderem que daqui para a frente não teremos jogo fácil”, completou Cuca.

O técnico explicou o motivo que o levou a trocar Erik por Leandro Pereira no intervalo. O atacante abriu o placar aos 5 minutos do segundo tempo. “O Coritiba fez uma marcação espelhada, de dois pontas acompanhando os laterais e dois volantes marcando muito na linha de quatro. Eles jogaram no campo defensivo, então ficou difícil criar as jogadas. Entendemos que tínhamos de ter uma referência para que fizesse o pivô e tínhamos de trabalhar melhor a bola pelos lados. Abrimos o Gabriel (Jesus) e colocamos o Leandro e ele foi feliz de fazer o gol”, encerrou.