A vitória sobre o Fluminense não tem impacto apenas na tabela para o Coritiba. Os jogadores perceberam que podem buscar os resultados, mesmo jogando fora de casa contra adversários teoricamente mais fortes (como o Fluminense).
Funcionou o trabalho do técnico Cuca, que buscava dar confiança ao grupo – e nada melhor que marcar quatro gols no líder do brasileiro para provar isto.
Para o treinador alviverde, ficou claro – tanto para os jogadores quanto para a crítica – que o Coritiba tem cacife para buscar uma boa classificação no brasileiro. "Nós temos em mente a chegada do time entre os primeiros, pensando na Libertadores. E, para isso, vamos ter que encarar nossos adversários de frente. Temos condições de enfrentar todas as equipes", comenta Cuca. "Às vezes vamos vencer, às vezes não. Mas vamos sempre buscar os resultados", avisa.
O rendimento da equipe nas últimas rodadas também é usado pelo técnico para reforçar sua tese. "Passamos por três desafios. Jogamos com o campeão brasileiro, depois enfrentamos o campeão paulista e o campeão carioca. E fomos bem em todas as partidas, o que é um ótimo sinal", reconhece Cuca.
Mas faltava a vitória – e ela veio em Volta Redonda. "Precisávamos de um jogo assim. Nós enfrentamos times fortes e não conseguimos os resultados. Desta vez fomos para cima do Fluminense e vencemos", comenta o atacante Alexandre. Cuca também ressalta a iniciativa da equipe. "No começo do jogo, eu chamei o Róbson (Gomes, preparador físico) e disse: são seis minutos e nós estamos o tempo todo no campo deles. Era isso que esperávamos", relata o treinador.
Só que ele não quer que a motivação que vem do resultado transforme-se em empolgação desmedida. "O impacto deste resultado é obviamente positivo, mas não podemos achar que está tudo decidido, que somos invencíveis. Nós temos uma partida muito complicada contra o Juventude, o único time invicto no brasileiro, e qualquer descuido será fatal", avisa Cuca, falando do jogo de domingo, às 18h10, no Couto Pereira.
Promoção
O Coritiba deverá ter grande apoio contra o Juventude. A diretoria manteve a redução no preço dos ingressos para a partida de domingo. Os valores são os seguintes: arquibancada, R$ 10,00; cadeira, R$ 15,00; social, R$ 30,00.
Pronto pra deixar a ?sombra?
?Jucemaaaaaaar!? O grito característico de Antônio Lopes para o lateral-direito já não é mais ouvido no CT da Graciosa. Mas o jogador é o favorito para ser o titular do Coritiba na partida contra o Juventude – e nos outros jogos em que Rafinha estiver fora, a serviço da seleção sub-20. Mas o técnico Cuca quer estudar outras opções de jogo.
O lateral era titular do Coxa até o surgimento de Rafinha, lançado pelo Delegado durante o Campeonato Brasileiro do ano passado. Depois, ele tornou-se a ?sombra? do jovem jogador – e a convivência tornou-os amigos. Tanto que Rafinha sempre chamou Jucemar de ?craque? quando perguntado sobre o companheiro. ?Nós somos muito amigos. Eu sei que ele torce por mim e eu torço muito por ele, principalmente na seleção?, comenta.
Após um período de recuperação de dores no púbis, Jucemar é o suplente imediato de Rafinha e é, em tese, o titular quando este fica fora. Cuca sabe que a ausência será sentida. ?Qualquer situação que eu faça não vai superar esta saída. Perdemos um jogador participativo, que vai para o apoio, mas não descuida da marcação e que parece estar presente em todos os lugares do campo?, lamenta o treinador.
E é por isso que, mesmo tendo Jucemar pronto (?Se o Cuca quiser que eu jogue, estou preparado. É para isso que eu treino?, garante), Cuca prefere esperar. Ontem, na movimentação dos reservas, ele foi avaliado. ?Mas é complicado olhar para alguém só em um trabalho. Quero estudar bem o que eu posso fazer. Tenho o Jucemar, posso pensar no James e até mesmo no Jackson?, afirma.
As três opções são, na verdade, duas: caso jogue em um 4-4-2, Cuca fica na dúvida entre Jucemar e James; se mantiver o 3-5-2, Jackson seria o ala.