Cuca altera formação do Coxa e busca outra postura

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Caio "roubou" o lugar de Jackson na equipe titular do Coxa. Pelo menos até domingo.

A montagem do time começou na quarta, mas Cuca mostrou a nova cara do Coritiba no coletivo de ontem, realizado no Couto Pereira. Ele mudou a estrutura da equipe, fazendo três alterações e acenando com mais duas, além de uma possível troca no sistema tático. A intenção é "encorpar" o Coxa para a partida de domingo, às 16h, no Couto Pereira, contra o Botafogo. Caio, Reginaldo Nascimento e Marcelo Peabiru são novidades garantidas na equipe.

As mudanças foram apresentadas logo no início do trabalho, que foi diferente dos usuais comandados por Cuca. "Nós precisávamos cuidar do gramado, então eu não segurei tanto o treino", explica o técnico, citando o fato de o time treinar no Couto Pereira, o que foi raro nos últimos meses. A equipe que começou jogando formou com Vizzotto; Miranda, Flávio e Vágner; Rafinha, Reginaldo Nascimento, Luís Carlos Capixaba, Caio e Ricardinho; Marcelo Peabiru e Alexandre.

Esta equipe sentiu a dificuldade de treinar em um campo "desconhecido" e das novidades. "Nós ainda estamos nos entrosando, e era esperado que a gente tivesse algumas dificuldades", reconhece Caio, que era o principal responsável pela criação. "O time estava preso, o Peabiru estava se acostumando com os outros jogadores. Mas o bom é que houve espírito de competição o tempo inteiro. Eles mostraram que estão prontos para buscar a recuperação na competição", afirma Cuca.

O treinador está tão satisfeito com o rendimento do time que ainda ontem confirmou as presenças de Nascimento e Peabiru, que ocuparam as vagas de Márcio Egídio e Tiago (Caio entrou no lugar de Jackson). "O Reginaldo vai jogar. Ele ficou de fora das últimas partidas e continuou treinando, está muito bem e merece atuar. Considero ele e o Egídio no mesmo patamar, e vocês poderão vê-los jogando juntos. E o Peabiru também está confirmado", comenta.

Mas a formação tática da equipe ainda não foi oficializada. Cuca usou metade do coletivo para testar um sistema com apenas dois zagueiros, no caso Miranda e Flávio – Vágner deu lugar a Marquinhos. Outra alteração foi a entrada de Rubens Júnior, atuando como lateral na posição de Ricardinho. "O Cuca conversou comigo, pedindo para que eu ficasse mais na marcação e só saísse na boa", conta o jogador. Peabiru foi substituído por Marciano, pois estava sentindo dores na coxa. "Está incomodando, mas acho que não vou ter problemas para o jogo", diz o centroavante.

O time ficou mais ofensivo, e contou com o entrosamento do armador com Caio. "Ficou mais fácil porque a gente se conhece, e ainda dividimos as chegadas ao ataque", diz Caio. "Vamos ver se a equipe encorpa mais, vamos observar nos treinos para decidir pela melhor formação", avisa Cuca.

Vizzotto ganha espaço e liderança no grupo

Para se considerar, definitivamente, o goleiro titular do Coritiba, Vizzotto teve que passar por provações. Após quatro anos na reserva de Fernando, ele se viu pressionado a corresponder rapidamente. Não havia tempo para adaptação, muito menos para possíveis falhas. E o camisa 1 alviverde suplantou as pedras do caminho e se firmou na posição, sendo um dos poucos jogadores a "se salvar" no Atletiba. E, mais seguro, ele pode começar a mostrar seu estilo.

Vizzotto é uma pessoa agitada, que transparece no campo o que é fora dele. Apesar de ter ficado na reserva por longo tempo, já tinha ascendência junto ao elenco, que se reforçou com sua promoção ao time titular.

A prova disso foi a atitude dele nesta semana – no momento em que seus companheiros eram criticados, o goleiro assumiu uma postura de comando.

"Se eu faço isto, é porque sinto nos meus companheiros uma sustentação. Todos têm abertura para falar dentro do elenco", afirma.

Além disso, o camisa 1 do Coxa garante que o bom ambiente do grupo permite que os jogadores assumam posições mais abertas. "Não existe aquela coisa de uma pessoa falar. Temos profissionais responsáveis, e que podem falar em nosso nome. Se estou aqui agora, sei que outros poderão fazer a mesma coisa, e sei que estou falando em nome de todos", diz Vizzotto. "A gente até brinca com o (capitão Reginaldo) Nascimento, dizendo que ele é o capitão, mas a gente ajuda bastante", completa.

Se o elenco está fechado, ele não vê sua posição completamente assegurada. "Eu não diria que conquistei a vaga de vez. Acho que um jogador consegue se manter se ele trabalhar bastante e render nas partidas. Para mim, cada jogo é decisivo, e eu tenho que mostrar a cada dia que eu tenho condições de ser titular do Coritiba", comenta o goleiro.

Vizzotto, que disputou a posição com Douglas, assumiu a vaga na partida contra o Vasco – neste jogo e nos dois seguintes (contra Paraná Clube e Goiás), ele foi questionado por ter sofrido gols pretensamente ?defensáveis?. Mas nas últimas duas atuações, frente a Paysandu e Atlético, ele foi um dos destaques do Coxa.

E o goleiro ganha nova chance de mostrar o porquê de sua escolha contra o Botafogo -jogo em que mais de doze mil torcedores compraram ingressos antecipadamente. "É muito bom saber que eles vão nos apoiar. Sei que estão ainda chateados com o que aconteceu no clássico, mas se nos ajudarem vamos sair desta situação vencendo o jogo no domingo", finaliza Vizzotto.

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