Cuba ganhou 23 medalhas em campeonatos mundiais em 2007, sendo oito de ouro, e se manteve como a principal potência esportiva latino-americana no Pan do Rio, apesar das limitações econômicas e das deserções de atletas nessa fase de preparação para as Olimpíadas de Pequim, em agosto.
A ilha de onze milhões de habitantes só ficou atrás dos Estados Unidos no Pan, com 59 medalhas de ouro, 35 de prata e 41 de bronze, mas a vice-liderança esteve ameaçada pelo anfitrião Brasil (52 ouros, 40 pratas e 66 bronzes).
Os cubanos sofreram uma grande decepção com a derrota para os EUA na decisão, em Taiwan, na Copa Mundial de Beisebol, a grande paixão nacional. Antes disso, a seleção cubana acumulava nove títulos consecutivos, do Mundial de Cuba/84 até a Holanda/05.
A poucos meses das Olimpíadas, Cuba ainda faz mistério sobre sua modalidade ?vitrine?, o boxe, responsável por mais da metade das medalhas olímpicas da história do país.
A ilha ganhou cinco ouros no Pan na categoria, mas perdeu suas duas maiores estrelas, o bicampeão olímpico Guilhermo Rigondeaux (da categoria até 54kg) e o campeão mundial Erislandi Lara (até 69kg), que tentaram desertar no Brasil e acabaram repatriados para Cuba, mas afastados da seleção.
Em agosto, supostamente para evitar mais deserções, Cuba desistiu de participar do mundial amador de Chicago, primeiro torneio classificatório para as Olimpíadas.
A expectativa é classificar pugilistas nas onze categorias nos pré-olímpicos zonais de Trinidad e Tobago (março) e Guatemala (abril).
No atletismo, o técnico da seleção nacional, Santiago Antúnez, aposta especialmente em jovens como Dayron Robles (110 metros com barreiras) e Yargelis Savigne (campeã mundial do salto triplo).
No judô, despontam como possíveis favoritos Driulis González, ouro no Pan e no mundial na categoria até 63kg, e Mijall López, categoria até 120kg, ouro no Mundial de Baku (Azerbaijão).
Em outras modalidades, destaque também para a ciclista de pista Yumari González e o halterofilista Yohandrys Hernández.