Uma bola no travessão logo no primeiro minuto de jogo. Foi com esta postura que o Cruzeiro, que precisava apenas de um empate, entrou em campo e se sagrou campeão estadual sobre o rival Atlético. A partida deste domingo terminou sem gols, assim como o primeiro jogo da decisão. A final da 100ª edição do Campeonato Mineiro, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, foi um jogo disputado, com lances duros e de contra-ataques perigosos.
Sem conquistar o título estadual desde 2011, o atual campeão do Brasileirão venceu o detentor do título da Libertadores e levou o Mineiro pela 10ª vez de maneira invicta. Este é o primeiro título estadual do técnico Marcelo Oliveira como treinador. Seus comandados foram mais ofensivos desde a primeira etapa, perderam duas chances claras de balançar a rede e suportaram a pressão do adversário no final da segunda etapa.
O JOGO – Para não deixar dúvidas de que iria buscar a vitória, o Cruzeiro entrou em campo indo para o ataque e logo colocou uma bola do travessão. A melhor chance da primeira etapa foi aos 23 minutos, mas Everton Ribeiro desperdiçou. Em um rápido contra-ataque, o jogador tentou marcar por cobertura, mas a bola saiu pela lateral esquerda do gol de Victor. Ainda sob pressão, o goleiro atleticano foi obrigado a fazer defesas difíceis nos lances seguintes.
Com o Cruzeiro na ofensiva, o Atlético dependia de agilidade nos contra-ataques para oferecer perigo. A equipe chegou com perigo pela primeira vez aos 11 minutos. Em uma bela jogada pelo lado esquerdo, Alex Silva tabelou com Ronaldinho Gaúcho e cruzou para Diego Tardelli, mas Samúdio cortou a poucos metros da linha.
Com a marcação cruzeirense adiantada, a equipe ocupou o meio-campo e impedia ataques do adversário, que passou 15 minutos sem oferecer perigo. Aos 37, o Atlético esboçou uma reação. Michel cruzou na área, Jô tentou de cabeça e Fábio tirou com um soco.
Depois dessa jogada, o Cruzeiro dominou o final do primeiro tempo e quase abriu o placar com um lance de bicicleta de Júlio Baptista. Em seguida, Dagoberto recebeu pela esquerda, chutou forte, mas Victor fez outra defesa difícil e os times saíram para o intervalo com o marcador em 0 a 0.
O Atlético voltou do intervalo mais ofensivo e contou com lances de bola parada para chegar com perigo ao gol de Fábio. O início da segunda etapa teve faltas mais duras e o clima começou a esquentar entre os jogadores. Assim como no primeiro tempo, o Cruzeiro teve uma chance clara de abrir o placar. Da entrada da área, Ricardo Goulart chutou pra fora, aos 12 minutos.
Mesmo com o Atlético pressionando, o Cruzeiro não deixou de lado a postura ofensiva. Em lances diferentes, dois atleticanos foram punidos com cartão amarelo por impedirem jogadas com claras chances de gol para a equipe celeste. Com os ânimos mais quentes, outros quatro cartões amarelos foram distribuídos na segunda etapa.
No final do jogo, o Atlético voltar a oferecer perigo ao gol de Fábio. O lance mais polêmico foi aos 42, quando Jô caiu dentro da área e os atleticanos pediram pênalti. Seguindo a marcação do auxiliar, o juiz deu apenas impedimento. Os últimos minutos foram de pressão atleticana, mas o placar em 0 a 0 deu o título Cruzeiro.