A CBF sorteou na tarde desta quinta-feira, em sua sede, no Rio, os mandos das finais da Copa do Brasil e determinou que o Flamengo atuará como mandante no confronto de ida da decisão, no dia 7 de setembro, e o Cruzeiro jogará em casa, no Mineirão, em Belo Horizonte, a partida que definirá o campeão da competição, no dia 27 do mesmo mês.

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O Flamengo poderá confirmar o Maracanã como palco desta primeira partida decisiva depois de ter eliminado, no tradicional estádio, o Botafogo nas semifinais com uma vitória por 1 a 0, na noite de quarta-feira – houve empate por 0 a 0 no duelo de ida, no Engenhão. Entretanto, o clube também tem a opção de mandar a partida no estádio Luso-Brasileiro, no Rio, “caldeirão” onde vem atuando com frequência neste Brasileirão.

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Também na última quarta-feira à noite, o Cruzeiro passou pelo Grêmio na disputa por pênaltis depois de vitória por 1 a 0 no tempo normal, no Mineirão, em Belo Horizonte, devolvendo o mesmo placar obtido pela equipe gremista na primeira partida, em Porto Alegre.

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O sorteio desta quinta contou com a presença dos técnicos Mano Menezes e Reinaldo Rueda, além do meia flamenguista Diego e o ex-jogador Tinga, hoje gerente de futebol cruzeirense. Eles comentaram sobre os desafios enfrentados na luta por uma vaga na decisão e Diego chegou a dizer que o jogo desta última quarta, no Maracanã, foi “o mais difícil” para o Flamengo nesta edição da Copa do Brasil. O meio-campista foi justamente o autor do gol que assegurou a classificação diante dos botafoguenses.

Na final entre flamenguistas e cruzeirenses, por sinal, os gols marcados fora de casa por um time como visitante não terão maior peso para efeito de desempate, diferentemente do que aconteceu em todas as outras fases da Copa do Brasil, em mudança adotada a partir de 2015 pela CBF para a decisão do torneio.

Ao ser questionado sobre a importância que essa mudança tem para a final, Mano reconheceu que a mesma é relevante. “Hoje nós sabemos que todo mundo que vai jogar fora de casa tem o objetivo de fazer o gol e isso altera a disputa do jogo seguinte (do mata-mata)”, lembrou o comandante cruzeirense, que ao mesmo tempo qualificou como “bom” o fato de atuar a partida de volta em casa. Porém, alertou: “Em uma disputa como essa, você não pode jogar bem só 90 minutos, é preciso jogar 180 minutos”.

O meia Diego, por sua vez, evitou lamentar o fato de o Flamengo ter de fazer o segundo jogo da final em Minas Gerais e afirmou que a própria regra de gols aplicada pela CBF apenas para a decisão deixa o duelo pelo título ainda mais equilibrado.

“Principalmente pela questão de não existir o gol qualificado, está tudo em aberto. E jogar a segunda partida em casa não é um fator determinante”, afirmou, minimizando uma suposta vantagem que isso poderá proporcionar ao Cruzeiro.

Já Rueda qualificou como “igual” disputar o jogo de volta da final em casa ou como visitante, assim como admitiu ser importante o fato de contar ainda com um bom período de preparação para o primeiro duelo da decisão após ter assumido o comando da equipe apenas na semana passada, quando substituiu o demitido Zé Ricardo. “Penso que esse espaço de tempo está sendo importante para seguir conhecendo os jogadores, mudando o comportamento deles”, ressaltou.