A festa do Campeonato Mineiro é azul. Neste domingo, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, o Cruzeiro derrotou o Atlético Mineiro por 2 a 0, reverteu a vantagem sobre o maior rival e faturou o seu 37.º Estadual, ainda atrás do rival com 44 títulos. A equipe celeste não era campeã desde 2014. Arrascaeta e Thiago Neves marcaram os gols da vitória diante de 49.906 pagantes.
O Cruzeiro havia perdido o primeiro jogo por 3 a 1, mas por ter vencido por dois gols de diferença, igualou o agregado e ficou com o título por ter feito melhor campanha. Na primeira fase, os cruzeirenses terminaram 11 pontos na frente do rival.
O Cruzeiro terá bastante tempo para comemorar o título, pois volta a campo apenas no final de semana, na estreia do Campeonato Brasileiro, contra o Grêmio, no sábado, às 16 horas. Sem tempo para lamentar, o Atlético Mineiro joga nesta quarta-feira, quando visita o San Lorenzo, no estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, pela estreia na Copa Sul-Americana.
Para tentar entrar no clima do jogo e sentir o calor da torcida, a delegação do Cruzeiro desceu no meio dos torcedores que cercavam o Mineirão. Os cruzeirenses se animaram e abriram o placar logo aos três minutos. Depois de cruzamento da esquerda, Arrascaeta finalizou de primeira e Victor fez a defesa. Na sequência do lance, Edílson, uma das novidades do duelo, levantou e o uruguaio testou firme, sem chances para o camisa 1 atleticano.
O Cruzeiro aproveitou o momento favorável para fazer pressão no adversário, especialmente na saída de bola. Com dificuldade e paciência, o Atlético Mineiro conseguiu sair da armadilha do adversário e assustou em cobrança de falta de Cazares. Quando o duelo parecia equilibrado, com os ânimos mais calmos, o árbitro paulista Luiz Flávio de Oliveira expulsou Otero por uma cotovelada em Edílson, após uma dividida entre ambos.
Com o clima mais tranquilo, o Cruzeiro tentou retomar o controle do jogo, mas encontrou um adversário bem fechado. A única boa chance de gol antes do intervalo veio em cobrança de falta de Thiago Neves, que parou em boa intervenção de Victor.
Novamente, o Cruzeiro voltou mais ofensivo, com Mancuello na vaga de Edílson. Logo no primeiro minuto, o argentino assustou em cabeçada. Mantendo o ritmo, os cruzeirenses ampliaram aos sete minutos. Em boa trama pela direita, Robinho fez o cruzamento rasteiro e Thiago Neves apareceu entre os zagueiros para desviar de carrinho para o fundo do gol.
Com o gol, o Atlético Mineiro foi obrigado a sair de trás, mas teve que superar a inferioridade numérica e falta de inspiração. A perda de Otero sobrecarregou Cazares e o ataque atleticano pouco trabalhou. O técnico interino Thiago Larghi tentou mexer no time, colocando Róger Guedes e Erik. As chances, no entanto, não apareceram e o Cruzeiro teve caminho livre para comemorar o título sem sofrer depois de Patric também ser expulso.